Estudo do relacionamento genético de feições geológicas na região do Espinhaço meridional e adjacências (MG)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Barbosa, Marx Prestes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-22062015-132118/
Resumo: A região que abrange o Quadrilátero Ferrífero, o Espinhaço Meridional e adjacências, mostra uma evolução policíclica e polimetamórfica complexa. As sequências de gnaisses, migmatitos e granulitos do Complexo Migmatito-granulítico de Minas Gerais, as associações típicas de \"granite-greenstone belt\" dos supergrupos Rio Paraúna e Rio das Velhas e as sequências metassedimentares dos supergrupos Minas, Espinhaço e São Francisco, de idades que variam do Arqueano ao Proterozóico Superior, mostram graus metamórficos crescentes de oeste para leste. O Fanerozóico está representado principalmente por magmatismo basáltico, provavelmente, de idade Mesozóico. O presente trabalho tem como enfoque principal o estudo fotogeológico regional, com base na interpretação de imagens de baixa resolução do satélite americano de recursos naturais LANDSAT e de mosaicos semicontrolados de RADAR do projeto RADAMBRASIL, aliada a dados geológicos (de reconhecimento de campo e bibliográficos) e geofísicos (aeromagnetométricos e aerocintilométricos). O seu principal objetivo é contribuir para o conhecimento da história evolutiva da região do Espinhaço Meridional, Quadrilátero Ferrífero e áreas adjacentes. Na análise dos dados obtidos da fotointerpretação do reconhecimento de campo e da bibliografia, foram determinadas seis direções preferenciais de esforço, levando-se em conta que os principais alinhamentos e zonas fortemente estruturadas são reflexos de estruturadas maiores em profundidade. Todas estas seis direções preferenciais de esforço estão relacionadas com movimentos diferenciais e rotacionais de blocos, com deslocamento para oeste, com intensidade crescente de norte para sul. Esta movimentação de blocos está relacionada com a diferenciação da intensidade dos esforços. Os esforços a sudeste e a leste foram de valores mais elevados que os a nordeste, provocando, nesta região, o soerguimento das rochas infracrustais, que através de ) falhas de empurrão foram colocadas em contato com as rochas de mais baixo grau metamórfico. Além disso, em resultado dessa maior intensidade dos esforços a leste e a sudeste, acompanhada de um contínio soerguimento do embasamento, ocorreu o deslocamento, por deslizamento gravitacional, dos sedimentos Minas, de seu lugar de origem, para as áreas por eles hoje ocupadas, na região do Quadrilátero Ferrífero e Rio Piracicaba. Para esta região o padrão de fraturamento das rochas do supergrupo Minas é distinto em relação ao seu embasamento autóctone, o que não é verificado na região de Itabira-Morro do Pilar, a leste da serra do Espinhaço, onde o supergrupo Minas ten um padrão congruente a para-autoctone de suas rochas. A análise fotogeológica, aliada a dados de campo e geofísicos, permitiram ainda uma melhor caracterização das principais unidades litoestratigráficas-estruturais, sendo oresultados mais significativo a extensão de maneira contínua para oeste do supergrupo rio das Velhas desde o Quadrilátero Ferrífero até a região de Pitangui-Pequi.