Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Pellini, Alessandra Cristina Guedes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-09122016-144047/
|
Resumo: |
Introdução - A epidemia de HIV/Aids deve ser compreendida em todas as suas diferentes dimensões - biológica, social, cultural, política, econômica e geográfica, o que demanda a abordagem de diversas áreas do conhecimento para seu real enfrentamento. O uso de ferramentas de análise espacial permite identificar diferenciais no comportamento desse agravo nas populações e nos espaços que ocupam, o que pode auxiliar a selecionar áreas para políticas e intervenções específicas. Objetivo - Descrever a evolução da epidemia de Aids nos indivíduos com 13 anos ou mais de idade residentes no município de São Paulo, notificados no SINAN entre 1980 e junho de 2012, utilizando o referencial espacial. Métodos - 1. Estudo descritivo das variáveis sociodemográficas, clínicas e epidemiológicas dos casos de Aids. 2. Análise de varredura espacial, espaço-temporal e de variação espacial nas tendências temporais de todos os casos de Aids e de subgrupos específicos: pacientes com 50 anos de idade ou mais e óbitos por Aids, segundo áreas de ponderação. 3. Análise de regressão múltipla, para verificar a relação entre a incidência e a mortalidade por Aids padronizadas e indicadores sociais, demográficos, econômicos, educacionais, ambientais e ocupacionais do IBGE. Resultados - As taxas de incidência e de mortalidade por Aids variaram entre os dois sexos e ao longo do tempo, com tendência de queda em ambos os sexos; se concentraram na região central nos homens e apresentaram dispersão para áreas mais periféricas nas mulheres. A doença ganhou relevância nas mulheres mais idosas e naquelas com baixa escolaridade, nos homens com alta escolaridade e na faixa etária de 13 a 29 anos, bem como na categoria de exposição heterossexual em ambos os sexos e em homossexuais do sexo masculino. O tempo entre o diagnóstico e o óbito reduziu ao longo do tempo. As taxas de incidência e mortalidade apresentaram autocorrelação espacial nos anos censitários, exceto no sexo feminino em 2010. Os aglomerados espaciais no sexo masculino se concentraram mais no centro da cidade e em áreas contíguas das regiões norte e sudeste, e nas mulheres, foram mais dispersos pelo município. O período mais crítico para aglomerações da doença no sexo masculino ocorreu entre 1993 e 1999, e no feminino, de 1995 a 2003. Em ambos os sexos observou-se uma tendência temporal de periferização da Aids no município. Considerando-se os indicadores do IBGE, a incidência de Aids foi inversamente associada principalmente à proporção de domicílios particulares permanentes próprios e quitados ou em aquisição e diretamente relacionada à proporção de pessoas sem nenhuma religião ou culto ou não declarado. A taxa de mortalidade, por sua vez, também se associou negativamente à proporção de domicílios particulares permanentes próprios e quitados ou em aquisição, e positivamente à proporção de domicílios coletivos. Conclusões - Foram utilizadas diferentes metodologias na abordagem da epidemia de Aids, o que permitiu ampliar a visão sobre o agravo no município de São Paulo e fornecer subsídios para apoiar as instituições no planejamento e na definição de políticas públicas voltadas ao cuidado das pessoas vivendo com HIV/Aids. |