Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Roehrig, Silmara Alessi Guebur |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-26012017-105418/
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Resumo: |
Neste trabalho buscamos investigar as contradições emergentes do processo de formação continuada dos professores de física de uma escola da rede publica estadual paranaense, que remetem a contradições presentes na atividade docente. Os sujeitos que constituem esta pesquisa são professores de física que, em conjunto com seus colegas de outras disciplinas do colégio H (nome fictício), participaram do Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio, formação proposta em âmbito nacional pelo Ministério da Educação entre os anos de 2014 e 2015. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, pautada na perspectiva de Epistemologia Qualitativa proposta por Gonzalez-Rey (2015), organizada a partir dos seguintes instrumentos de coleta de informações: observação e gravação de áudio e vídeo de duas reuniões do grupo, de entrevistas e de um grupo focal, bem como textos produzidos pelos professores relativos a atividades requeridas durante a formação e um caderno de campo para registro de observações acerca da semana pedagógica. O aporte teórico utilizado para a constituição dos dados e da análise fundamenta-se na Teoria Histótico-Cultural da Atividade, especialmente a terceira geração desta, proposta por Engeström (1987; 2015). A partir da metodologia do ciclo de transformação expansiva da atividade, buscamos discutir as contradições emergentes do discurso dos sujeitos em relação às etapas de transformação de uma atividade segundo o ciclo expansivo, no sentido de entender de que maneira estas contradições de fato sinalizam para a mudança, ou a transformação, da atividade. Ao final do processo de análise, os resultados nos trouxeram algumas indicações de que a atividade dos sujeitos não sofreria a transformação almejada no âmbito da formação pelos seguintes motivos: há tensões históricas presentes no contexto da educação pública paranaense que não foram resolvidas, logo o processo de resistência às novas ferramentas propostas permanece ao longo da formação; os docentes participantes da formação não participaram da construção do novo modelo de atividade, pois receberam o modelo pronto para ser estudado e incorporado. Logo, não passaram por um processo fundamental do ciclo de transformação da atividade, que consiste na construção de novos objetivos e motivos; não houve um movimento para resolver as contradições que se manifestaram durante o processo, o que pode ter condenado a consolidação da nova atividade antes mesmo de sua concretização. Com estes resultados, pudemos concluir que por melhor que fosse a intenção do MEC na organização desta formação continuada, a atividade docente terá condições passar por transformações reais se houver um interesse tanto dos professores quanto das instâncias governantes em, de fato, trabalhar na resolução da tensões estruturais que se estabelecem no contexto que envolve a atividade docente dos professores, bem como se houver uma mobilização dos docentes para a constituição de um trabalho verdadeiramente colaborativo. |