Quais as contribuições neurocientíficas para o letramento emergente na educação infantil em crianças de 0 a 5 anos de idade?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Senaha, Luciano Eiken
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-17122013-150218/
Resumo: Este trabalho se enquadra na linha de Pesquisa em Psicologia da Educação e tem por interesse entender quais são as informações e dados relevantes que a Neurociência tem produzido para sustentar uma educação de qualidade para as crianças de 0 a 5 anos de idade, circunscrevendo, assim, o que se compreende como letramento emergente uma prática de leitura, escrita, escuta e multiplicidade de expressões linguísticas que compreendem um conjunto de códigos socialmente construídos a partir do referencial teórico e empírico neurobiológico. O interesse pelo tema provém das relações entre as áreas que investigam o cérebro e a aprendizagem da criança pequena, que são citadas, mas pouco discutidas no ambiente educacional e também no campo das ciências humanas no geral. A fundamentação consistiu na busca de alguns referenciais teóricos clássicos da Pedagogia (Comenius e Montessori), da Psicologia Cognitiva Educacional (Bruner e Gardner) e da Neurociência da leitura (Dehaene, Goswami, Gazzaniga, Kuhl, Luria, Morais, entre outros) a fim de elaborar uma investigação interdisciplinar com relação à aprendizagem dos aspectos linguísticos da criança pequena. Utilizamos como metodologia investigativa a revisão sistemática em três áreas do conhecimento (Educação, Psicologia Cognitiva e Neurociência). A identificação de variáveis comuns como, por exemplo, criança pequena, letramento emergente, pré-escola, aprendizagem, neurociência, neurologia, neuropsicologia e assim por diante possibilitou delimitar nossa pesquisa a um tema específico e fundamental nesse nível de ensino e nos anos subsequentes da escolarização. O letramento emergente pode ser investigado como uma práxis que envolve aspectos neurobiológicos, sociais, históricos e políticos. Uma nova perspectiva teórica é necessária para interligar de forma multidisciplinar os cuidados e as atividades educativas propostas voltadas para a primeira infância. Acreditamos que essa lacuna ou clivagem entre o conhecimento das ciências humanas e das ciências biológicas dificulta o surgimento de novas teorias e novos desenhos de pesquisa para aprofundar as relações sob uma perspectiva multidisciplinar do letramento na criança. Ao analisar uma parte da produção acadêmico-científica que circunscreve a elaboração do conhecimento sobre a criança pequena nos últimos anos, verificamos que existe a necessidade de novas teorias que fundamentem o encadeamento da perspectiva biológica às perspectivas culturais do letramento emergente, principalmente naquela que a investiga de forma multidisciplinar. Novas abordagens teóricas baseadas em evidências acadêmico-científicas são importantes para fundamentar uma práxis profícua dos educadores, pais e cuidadores e políticas públicas que relacionem aspectos complementares do cuidado, da educação plena à criança pequena e dos impactos do futuro na sociedade.