Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Eliana Borges Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-06072020-155337/
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Resumo: |
Introdução: A higiene das mãos, integrada ao uso adequado de luvas, representa atividade fundamental para a prevenção e o controle do risco de infecção. Apesar dos avanços, a adesão às boas práticas é um desafio, pois se trata de uma temática complexa, influenciada por fatores institucionais, culturais e pessoais. A autoeficácia, crença que o indivíduo tem sobre sua capacidade de realizar com sucesso determinada atividade, é um forte preditor do comportamento em saúde. No Brasil ainda não há evidências de instrumentos validados que envolvam os determinantes do comportamento para as práticas de higiene das mãos e uso de luvas concomitantemente. Objetivo: Construir e validar um instrumento de mensuração da autoeficácia dos profissionais de saúde para a prática de higiene das mãos e uso de luvas. Método: Estudo metodológico, que propôs construir e validar o instrumento Autoeficácia dos profissionais de saúde para higiene das mãos e uso de luvas (AEPS-HML). Após a construção do instrumento, iniciou-se o processo de validação por meio da validação de face e conteúdo (Comitê de Juízes), pré-teste e validação psicométrica. A avaliação das propriedades métricas foi realizada por meio da validade (de face e conteúdo e validades de construto dimensional, por grupos conhecidos e convergente) e da confiabilidade (teste-reteste e consistência interna). Adotou-se o nível de significância de 0,05. Resultados: A versão 1 do instrumento AEPS-HML, contendo 28 itens, foi submetida à validação de face e conteúdo, sendo excluídos cinco itens. Na etapa de pré-teste, dez profissionais de enfermagem responderam a versão 2 do AEPS-HML. Na avaliação das propriedades métricas da versão 3 do AEPS-HML participaram 362 profissionais de enfermagem, atuantes em um hospital universitário, geral, de grande porte e público. A maioria dos participantes era do sexo feminino (293/80,9%), faixa etária predominante de 30 a 59 anos (319/88,1%) e idade média de 41,6 anos (DP=7,29). Quanto à caracterização profissional, 151 (41,7%) participantes tinham especialização e 203 (56,1%) atuavam como Técnico de Enfermagem. A validade de construto por grupos conhecidos foi confirmada pela comparação das médias de autoeficácia do AEPS-HML com as variáveis sexo e unidade de atuação. A validade de constructo convergente apresentou correlação fraca (r=0,228) entre os escores do instrumento AEPS-HML com a Escala de Autoeficácia Geral Percebida (EAGP). A confiabilidade da versão final (versão 4) do AEPS-HML foi adequada (α=0,77) e a reprodutibilidade teste-reteste confirmou a estabilidade temporal do instrumento. Conclusões: Com este instrumento será possível mensurar a autoeficácia dos profissionais de saúde para o cuidado das mãos, com vistas a minimizar o risco de transmissão microbiana decorrente de práticas inadequadas de higiene das mãos e uso luvas. O instrumento mostrou-se válido e confiável para avaliar o que se propõe e poderá ser utilizado como ferramenta no planejamento de ações de prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde |