Competição intergenotípica em feijão, (Phaseolus vulgaris L.): estimação da capacidade competitiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1976
Autor(a) principal: Guazzelli, Ricardo Jose
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20240522-110359/
Resumo: O presente trabalho avalia a capacidade de competição de quinze variedades de feijão preto, de procedência nacional e estrangeira. Para isto foi conduzido um ensaio no campo experimental do Instituto de Genética da ESALQ - USP, em Piracicaba, Estado de São Paulo. O delineamento experimental empregado foi em parcelas subdivididas, com distribuição das parcelas em blocos ao acaso. As variedades foram colocadas nas parcelas e os tratamentos, monocultura e competição, nas subparcelas. A mistura usada para provocar competição foi de um igual número de sementes germináveis das quinze variedades de feijão usadas no experimento. Cada subparcela consistiu em nove covas plantadas três a três, com espaçamento de 0,30 m, sendo a avaliação da competição feita no genótipo teste plantado na cova central sob influência da mistura de variedades, nas oito covas circundantes. Para a plena expressão do caracter competição deu-se ao ensaio as seguintes condições culturais: 1 ? Plantou-se o ensaio em fins de agosto, irrigando-se quando necessário; 2 - Usou-se a densidade de plantio de aproximadamente 220.000 plantas por hectare; 3 - Empregou-se adubação de 20-40-10 kg/ha, por ocasião do plantio; 4 - Usaram-se tratos culturais que permitiram ao ensaio ficar satisfatoriamente livre de mato, doenças e pragas. A produtividade média de 3.083 kg/ha obtida em monocultura pode ser considerada excelente. A análise de variância das covas centrais pôs em evidência, existirem efeitos significativos, (P < 0,05), para variedades, para competição e para a interação de variedades com competição. O desdobramento da interação no componente competição dentro de variedades, revelou diferença altamente significativa (P < 0,01), para a competição, na variedade Preto G1. O componente entre variedade dentro de competição, mostrou se significativo (P < 0,05), para variedades dentro de monocultura, indicando que estas oscilaram mais em suas produtividades, quando em monocultura, do que em mistura. Como complementação à análise da variância das covas centrais foram feitas análises das subparcelas em monocultura e em mistura, compreendendo as áreas de respectivamente 0,81 e 0,72 metros quadrados. Obtiveram-se os coeficientes de variação de 17,7% para as subparcelas em monocultura e 22,6% para as em mistura. Os coeficientes de variação das análises das variâncias mostraram a tendência de decrescer à medida que foi reduzida a área da unidade experimental. Com base nesses resultados seria recomendável, no planejamento de outros trabalhos, tentar conciliar o tamanho da parcela mais adequado, para avaliar a capacidade competitiva, com a área propícia à maior eficiência experimental, caso o valor fenotípico seja produção. Foram comparadas as produções médias de cada variedade em monocultura, obtida de dados das subparcelas com nove covas, com os dados médios de produção da subparcela correspondente em mistura, compreendendo uma cova central da variedade teste, mais oito covas da mistura. As diferenças observadas foram não significativas. Esta situação corresponde a uma interação intergenotípica do tipo complementar, entre as quinze variedades de feijão em mistura. Comentaram-se as possíveis causas das diferenças no comportamento das variedades quanto à capacidade de competição. Em última análise estas causas estariam estreitamente ligadas aos processos empregados na criação e na manutenção de cada uma destas variedades de feijão. Foi ressaltada uma heterogeneidade nas variedades para capacidade de competição. Observou-se que dentro de uma mesma variedade, o valor da capacidade de competição observado nas diversas repetições é bastante variável. Esta heterogeneidade não deve ser inteiramente ambiental.