Dinâmica de plantas invasoras em sistemas agroflorestais implantados em pastagens degradadas na Amazônia Central (região de Manaus-AM)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Sousa, Silas Garcia Aquino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-162636/
Resumo: Foi avaliada a dinâmica de plantas invasoras que ocorrem no estrato inferior de 4 Sistemas Agroflorestais, implantados em áreas de pastagens degradadas e abandonadas localizadas no km 54 da BR 174 da estrada Manaus- Boa Vista, no que diz respeito à sua densidade, diversidade, frequência e acúmulo de fitomassa. Os dados foram obtidos em 5 coletas em um período de 18 meses, através de amostragens, em quadrados de 0,25m2 distribuídos, aleatoriamente. em parcelas de 300m2, totalizando 180 amostras por sistema (900m2). Foram identificadas 63 espécies, abrangendo 40 gêneros e 18 famílias botânicas. As famílias Poaceae ( 17 espécies), Asteraceae (7 espécies), Cyperaceae (7 espécies), Solanaceae (5 espécies) e Euphorbiaceae (5 espécies) contribuíram com o maior número de espécies, enquanto as demais apresentaram 1 a 4 espécies. As monocotiledôneas, compreendendo 3 espécies, foram dominantes em densidade, frequência e fitomassa, enquanto as dicotiledôneas apresentaram maior diversidade, indivíduos relativamente mais pesados e apresentaram maiores porcentagens de nutrientes (N, P, K, Ca e Mg). As famílias Poaceae, Cyperaceae, Solanaceae, Rubiaceae e Verbenaceae, representadas por 10 espécies de maior Índice de Valor de Importância, formaram a base das comunidades de invasoras que ocorrem nos sistemas. Dentre essas 10 espécies destacaram-se: Solanum juripeba Rich., Fimbristylis annua Roem Sch., Brachiaria humidicola (Rend.) Sch., Paspalum multicaule Poir, Borreria verticillata (L.) G.F.W. Meyer e Paspalum conjugatum Berg., com valores acima da média para fitomassa ou densidade ou frequência. Os SAFs não influenciaram na densidade (número de indivíduos/m2) das plantas invasoras, mesmo assim, registrou-se um número maior de plantas/m2 no SAF2. O SAF4 apresentou, 2 espécies restritas ao sistema (Physalis pubescens L.e Commelina benghalensis L.). A fitomassa no SAF2 foi superior a dos SAFs 3 e 4 e as espécies que mais contribuíram para o aumento da fitomassa foram: Solanum juripeba Rich., Brachiaria humidicola e Paspalum conjugatum. No SAF4, devido ao manejo do solo (calagem, adubação e gradagem) a fitomassa de Solanum juripeba foi reduzida. Verificou-se, que o arranjo espacial dos SAF3 e SAF4 com linhas triplas de cultivos arbóreos e faixas entre as linhas, ocupadas com culturas anuais, favoreceram a menor densidade, frequência e fitomassa de plantas invasoras. indicando a importância dos arranjos, na definição e implantação dos sistemas agroflorestais. A avaliação da dinâmica de plantas invasoras esclareceu, parcialmente, o comportamento dessas plantas no estrato inferior dos sistemas, gerando informações preliminares que poderão subsidiar as tomadas de decisões para o manejo mais adequado das plantas invasoras nos sistemas agroflorestais a serem implantados, em áreas semelhantes ao do estudo