Caracterização do resíduo de serragem de rochas ornamentais para aplicações geotécnicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Tatiane de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18132/tde-16112015-092931/
Resumo: O Brasil ocupa hoje posição de destaque na produção mundial de rochas ornamentais e de revestimento. Essa indústria gera diferentes tipos de resíduos, podendo atingir cerca de 83% de perda de matéria-prima. Nesse contexto o que tem causado mais transtornos é a denominada lama abrasiva, gerada no processo de desdobramento de blocos em placas sendo constituída de água, cal, pó de rocha e restos de limalha de aço e de lâminas. Esse material é produzido em grandes quantidades e pode ser estocado no pátio das empresas, ocupando vastas áreas ou podem ser armazenados em aterros o que é mais oneroso. Com vista a este problema, o objetivo desta pesquisa foi caracterizar o resíduo do corte de blocos de rochas ornamentais visando a possibilidade de diferentes aplicações na geotecnia. Para tanto, foram realizadas a classificação do resíduo conforme ABNT NBR 10004, caracterização química/mineralógica e geotécnica, avaliação de resistência e ensaios da metodologia Miniatura Compactada Tropical (MCT) da lama abrasiva produzida em uma empresa do interior do Estado de São Paulo. A partir desses ensaios foi possível classificar o resíduo como não perigoso e inerte, sendo que os parâmetros geotécnicos indicaram uma granulometria com cerca de 64% de silte, índice de plasticidade de 5%, massa específica dos sólidos de 2,823 g/cm³, massa específica máxima seca de 1,650 g/cm³ com umidade ótima de 21% na energia intermediária e 1,645 g/cm³ com 25,6% de umidade na energia normal. A resistência à compressão simples alcançou aos 28 dias de cura 0,354 MPa com o resíduo puro, 1,174 MPa com 2% de cimento e 2,294 MPa com 5% de cimento. Os ensaios de cisalhamento direto mostraram uma coesão de 54 kPa e 35º de ângulo de atrito. De acordo com a metodologia MCT o resíduo foi classificado como NS\' (silte não laterítico) de baixa permeabilidade que aumentou com o acréscimo de cimento, e baixa perda de suporte por imersão. Em linhas gerais a partir dos ensaios observou-se que esse material pode ter aplicações geotécnicas, mas para tanto outros ensaios deverão ser realizados.