Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Valter Fausto dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/82/82131/tde-04072024-155825/
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Resumo: |
A infecção genital por Papilomavírus humano (do inglês Human Papilomavirus - HPV) é uma doença que atinge uma grande fração da população mundial. Estima-se que até 75% da população sexualmente ativa, principalmente os mais jovens, terá contato com um ou mais tipos de HPV durante a vida. Condilomas acuminados ou verrugas anogenitais são lesões benignas que fazem parte da infecção clínica causada pelo vírus, ocorrendo em cerca de 1% da população infectada pelos HPV de baixo risco, como HPV6 ou HPV11. Técnicas utilizadas para a eliminação destas lesões envolvem agentes tópicos, imunoterapia e remoção por procedimentos cirúrgicos (tradicionais, laser, crio-cirurgia, eletrocoagulação, etc.), as quais, na maioria das vezes, necessitam de centros especializados e podem causar sequelas pós-tratamento. Neste sentido, há uma busca por novas intervenções para minimizar os efeitos pós-tratamento. Estudos anteriores mostraram que a terapia fotodinâmica (TFD) tem se mostrada promissora no tratamento de lesões clínica e subclínicas, evitando as chances de recidivas. Entretanto, necessita de várias sessões do tratamento. Este estudo clínico randomizado, realizado de novembro de 2021 a novembro de 2023, teve como objetivo avaliar comparativamente a eficácia de duas abordagens terapêuticas distintas no tratamento de lesões genitais induzidas pelo Papilomavírus Humano (HPV) em uma amostra de 36 pacientes brasileiras. O Grupo 1, com 18 pacientes, recebeu um tratamento inovador que combinava a exérese da lesão com um bisturi ultrassônico seguida de terapia fotodinâmica (TFD). O Grupo 2, também com 18 pacientes, foi submetido ao tratamento padrão com ácido tricloracético (ATA) a 80%. Na avaliação da dor, o estudo utilizou uma escala analógica visual (EVA), onde os pacientes classificaram a dor em uma escala de 0 a 10. Os resultados demonstraram que, no Grupo 1, a média de dor durante o procedimento foi significativamente menor, com uma média de 3,5, em comparação com o Grupo 2, que teve uma média de 6,5. Esses dados sugerem que o tratamento com bisturi ultrassônico e TFD proporciona um maior conforto durante o procedimento, minimizando o desconforto dos pacientes. Quanto à cicatrização, o estudo utilizou a Escala de Cicatrização de Seattle para avaliar a qualidade das cicatrizes. Esta escala mede diferenças de superfície, espessura, altura da borda e diferença de cor entre a cicatriz e a pele normal adjacente, variando de -4 a 16, com 0 indicando uma cicatriz normal. Os resultados mostraram que 33,33% das cicatrizes no Grupo 1 foram classificadas como normais (pontuação 0), enquanto no Grupo 2, apenas 8,33% alcançaram essa classificação. Isso demonstra uma superioridade do Grupo 1 em termos de recuperação estética da pele, com uma incidência significativamente menor de cicatrizes visíveis ou desfavoráveis. Este estudo oferece percepções valiosas para a prática clínica, enfatizando a importância de considerar tanto a eficácia terapêutica quanto os resultados estéticos e o conforto do paciente no tratamento de lesões genitais por HPV. |