Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Melo, Daniela Oliveira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-12072011-105407/
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Resumo: |
O estudo caracterizou o perfil biodemográfico e clínico dos pacientes internados na clínica médica do Hospital Universitário da USP e os fármacos prescritos, avaliou as prescrições médicas em relação à ocorrência ou não de interações medicamentosas potenciais (IMP) e os fatores relacionados a elas para elaboração de instrumento educativo para auxiliar a atuação da equipe multidisciplinar na detecção de eventos adversos evitáveis potenciais de relevância clínica. Foram extraídos dos prontuários médicos os dados referentes à internação, identificação e estado clínico dos pacientes internados na clínica médica, entre março e agosto de 2006. Coletou-se ainda o diagnóstico principal no resumo de alta e o tempo de internação. Os fármacos prescritos foram coletados das prescrições médicas para análise da ocorrência de interações medicamentosas potenciais e classificação, empregando-se o banco de monografias Micromedex® DrugReax®. Empregou-se estatística descritiva e regressão logística multivariada na análise dos dados. Analisaram-se 5.666 prescrições médicas, a média de idade foi de 56,7±19,8 anos e o tempo médio de internação 10,7±9,4 dias. Os diagnósticos mais freqüentes foram broncopneumonia (138; 21,3%) e infarto agudo do miocárdio (57; 8,8%). Os grupos anatômicos mais freqüentemente prescritos, segundo o Anatomical Therapeutical Chemical, foram C (21,2%), A (17,5%), N (15,6%), B (15,0%) e J (13,6%). O número médio de fármacos por prescrição foi 5,7±2,9. Para a análise de IMP foram consideradas somente as prescrições com dois ou mais fármacos prescritos (5.336), das quais 3.097 (58,0%) apresentavam IMP. O número médio de fármacos entre essas prescrições foi 6,2±2,3. Observou-se associação significativa com as IMP identificadas no estudo: idade (p<0,001), tempo de internação (p<0,001), doenças cardiovasculares (p=0,0059) e número de fármacos (p<0,001). Tanto hipertensão arterial sistêmica quanto diabetes mellitus foram fatores de risco para ocorrência de IMP, com chances 4,93 e 2,79 vezes maiores de prescrição com IMP, respectivamente. Das 9.951 IMP observadas, 2.637 (26,5%) eram graves e bem documentadas. Observou-se associação entre o número de IMP graves e os pacientes com idade igual ou maior que 60 anos (p= 0,0007, chance 1,29 vezes maior). Diante do volume de informação sobre medicamentos e necessidade de consulta rápida para auxílio na tomada de decisões, os instrumentos educativos são de fundamental importância na garantia da qualidade e segurança da farmacoterapia. |