Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rezende, Paula Davies |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-18072024-150854/
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo pensar a produção de imagens tecnológicas no âmbito da simulação. A hipótese é a de que as simulações, pela sua falta de lastro na realidade (característica da imagem representativa), estão liberadas do campo de forças do real. Essa condição as permite questionar o status quo imagético, engendrando processos de ressignificação e dilatação de sentidos, potencializando subjetividades singulares, capazes de questionar a subjetividade serializada própria do capitalismo tardio. Nesta conjuntura, a pós-modernidade, como é ordinariamente entitulado o momento sócio-cultural-político, no qual tomam forma as reflexões levadas a cabo neste estudo, é posta em análise. Problematizo a pertinência da ideia de representação e a coerência das críticas contumazes à simulação e ao simulacro. É discutida a crise do racionalismo, por meio de questionamentos à suposta universalidade do conhecimento iluminista. São abordadas também tanto as precariedades inerentes ao regime do capitalismo tardio quanto a ubiquidade dos dispositivos tecnológicos digitais. Após esse panorama, são investigadas as formas de produção e circulação das imagens tecnológicas no período em questão. Abordo a proliferação de novos dispositivos de produção e reprodução de imagem, assim como seus novos usos e lugares de circulação. São examinadas imagens produzidas por webcâmeras, câmeras de segurança, aquelas geradas por algoritmos, por inteligência artificial e imagens modeladas em três dimensões, utilizadas na realidade aumentada. Por fim, considero o esgotamento vital consequente da precariedade e do sequestro da subjetividade, duas constantes experimentadas em tempos da vida dominada por uma lógica produtivista. Como contraface dessa reflexão sobre o rebaixamento da existência, apresento proposições poéticas pós-digitais, a partir das mesmas tecnologias que são utilizadas de modo hegemônico, mas que, aqui são desviadas para formar linhas de fugas que, de alguma maneira, cooperam na produção de subjetividades singulares e dissidentes. |