Distribuição das populações de Cladocera (Branchiopoda) nos reservatórios do médio e baixo Tietê: uma análise espacial e temporal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Zanata, Lucí Helena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-20022006-180205/
Resumo: Reservatórios artificiais são ecossistemas de grande importância econômica e social, porém, alteram as características hidrológicas e ecológicas do meio, interferindo na organização das comunidades bióticas que desempenham papel fundamental na transferência de energia no ecossistema. Nesses ambientes, pode existir uma organização espacial e temporal, tornando diferenciada a composição e distribuição das comunidades. Com o objetivo de verificar essa organização, a comunidade zooplanctônica, com ênfase nas populações de Cladocera, foi avaliada em amostras coletadas nas estações distribuídas no eixo longitudinal dos reservatórios do médio e baixo Tietê (SP), nos meses de fevereiro, maio, julho e outubro de 2000. Os dados obtidos foram relacionados às características ambientais, tais como pH, condutividade, temperatura, oxigênio dissolvido, material em suspensão, nutrientes e clorofila a desse ambiente. Os resultados apontaram para uma diferenciação esperada ao longo do eixo longitudinal do rio Tietê, tanto nas características físicas e químicas, quanto na abundância e distribuição dos organismos. Os reservatórios do médio Tietê estiveram mais eutrofizados do que os reservatórios do baixo Tietê nos períodos analisados, provavelmente devido à carga de poluentes advinda da região mais urbanizada e industrializada do Estado de São Paulo, a qual enriquece o sistema. Grande parte desse material é assimilado ou sedimentado nos primeiros reservatórios, ocasionando a melhora significativa da qualidade da água no eixo longitudinal da cascata, para a maioria das variáveis. Acompanhando as características físicas e químicas, a comunidade biológica também apresenta diferenciação no eixo longitudinal do sistema em cascata com maior abundância de organismos no médio Tietê, onde a comunidade de Cladocera esteve composta principalmente por espécies de pequeno tamanho, principalmente do gênero Ceriodaphnia, enquanto que esses valores diminuíram significativamente no baixo Tietê, onde espécies de maior tamanho dos gêneros Daphnia e Simocephalus foram relativamente mais abundantes. A diversidade de espécies foi maior nas regiões de maior abundância de organismos. As características ambientais encontradas no sistema levaram ao aparecimento de organismos com vários graus de alterações morfológicas; em alguns casos as malformações podem ser congênitas e em outros foi evidente o ataque por microrganismos