Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Rissatto, Ariane Cristina Sampaio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-02042009-094629/
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Resumo: |
A atenção é uma função neuropsicológica básica que está subjacente a todos os processos cognitivos. Pode ser definida como a capacidade do indivíduo selecionar e focalizar seus processos mentais em algum aspecto do ambiente interno ou externo, respondendo predominantemente aos estímulos que lhe são significativos e inibindo respostas aos demais estímulos. Considerando que ao longo de anos de trabalho clínico tem-se observado pacientes, em sua grande maioria crianças, com muitas queixas escolares, sem quaisquer alterações auditivas, a atenção tem se mostrado uma habilidade de grande importância. A existência de uma deficiência auditiva por si só compromete o desenvolvimento normal de uma criança, uma vez que a privação sensorial pode gerar alterações em diversas habilidades auditivas, incluindo a atenção. Desta forma, este trabalho tem por objetivo comparar o desempenho de crianças no Teste da Habilidade de Atenção Auditiva Sustentada - THAAS (FENIMAN, 2004), no que se refere às diferentes formas de aplicação (com fones auriculares e em campo livre), ao gênero e, à ordem de aplicação, visando, assim, avaliar esta importante habilidade em crianças usuárias de AASI e IC e àquelas que não permitem a colocação de fones para a realização do teste de modo convencional. Fizeram parte do estudo 40 crianças, com idade de sete anos, divididas em dois grupos, o grupo um (G1) e o grupo dois (G2), compostos de 20 crianças cada um, sendo que a aplicação do THAAS no G1 se deu primeiramente com fones auriculares e em seguida em campo livre e no G2 o processo foi o inverso. O processo de avaliação constituiu-se em: aplicação de um questionário específico, bateria de testes auditivos, incluindo audiometria tonal e audiometria em campo livre e aplicação do THAAS. Os resultados demonstraram não haver diferença estatisticamente significativa quanto ao gênero, na comparação entre os grupos para THAAS com fones, o G1 teve desempenho estatisticamente significativo para os erros de desatenção e para o total de erros (p=0,021615 e p=0,013393 respectivamente); na comparação dos grupos em campo o G2 teve desempenho significativo estatisticamente apenas para o decréscimo de vigilância (p=0,021615); na comparação entre fone e campo para o G1, o desempenho das crianças para o campo foi significativo para os erros de desatenção (p=0,00024), total de erros (p=0,000238) e decréscimo de vigilância (p=0,020526) e, na comparação entre fone e campo para o G2, a diferença foi estatisticamente significativa para os erros de impulsividade (p=0,000174). Com isso, pode ser observado que a diferença encontrada entre as duas formas de aplicação nos grupos deveu-se à ordem de aplicação, ou seja, como foi aplicado primeiramente e como o teste foi aplicado pela segunda vez, sendo este o determinante para o desempenho, devido, possivelmente, ao efeito de aprendizagem do teste. A pesquisa demonstrou ser viável a aplicação do THAAS em Campo Livre para casos em que não é possível a realização convencional com fones auriculares, podendo ser adotado os mesmos valores normativos usados para o modo convencional de avaliação. |