Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Aquino, José Damásio de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-05022021-152651/
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Resumo: |
Objetivo. A adoção de sistemas de gestão estabelecidos em normas de organismos internacionais pode contribuir para a melhoria dos processos produtivos e dos ambientes externos e internos de trabalho. Nesse sentido, realizou-se estudo para verificar a possibilidade de correlacionar a variação da incidência de acidentes de trabalho no setor químico brasileiro com a expansão da adoção de sistemas de gestão da qualidade, de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho nas empresas desse setor. Métodos. O universo do estudo constitui-se de 677 empresas do setor químico brasileiro. Realizou-se um levantamento das empresas que possuíam sistemas de gestão da qualidade em dezembro de 2001, de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho, certificados com base nas normas ISO 9000, ISO 14001 e BS 8800 / OHSAS 18001, respectivamente. O levantamento foi realizado em algumas bases de dados compiladas por organismos nacionais e nas páginas eletrônicas das empresas na internet. Foram aplicados testes estatísticos para verificar correlações entre certificações e porte das empresas, medido pelo número de funcionários e faturamento no ano de 2000. Resultados. Observou-se que a maioria dos elementos do PPRA são contemplados nos modelos voluntários de sistemas de gestão da qualidade, de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho. O teste χ2 mostrou que, ao se analisarem as empresas, considerando o número de funcionários em 2000, havia diferença significativa (p < 0,001) entre aquelas com sistemas de gestão da qualidade e de meio ambiente certificados e aquelas sem tais sistemas certificados. A mesma análise foi realizada considerando-se o faturamento das empresas em 2000 e o teste não-paramétrico de Wilcoxon mostrou que também havia diferença significativa (p < 0,001) entre as empresas certificadas e as empresas não-certificadas. Observou-se que o número de certificados emitidos no Brasil para sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho alcançava cerca de uma centena em 2002, que 50% deles estavam concentrados em oito empresas do setor químico e que, dentre estes, uma única empresa era responsável por aproximadamente 70% dos certificados emitidos. Conclusões. Verificou-se que há um padrão na adoção de sistemas de gestão: inicialmente a organização adota o sistema de gestão da qualidade, posteriormente adota o sistema de gestão ambiental e, finalmente, o sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho. Verificou-se ainda que, a partir dos dados atualmente disponíveis, não é possível correlacionar o crescimento da adoção dos sistemas de gestão da qualidade, de meio ambiente e de segurança e saúde no trabalho com a variação da incidência de acidentes de trabalho no setor químico brasileiro, no período de 1998 a 2001. |