Estudo morfométrico do forame transverso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Moreira, Juan Javier Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-19092019-131311/
Resumo: O conhecimento da anatomia do forame transverso e a relação que possui com as estruturas vasculonervosas é importante quando se realiza procedimentos cirúrgicos na coluna cervical. Uma vez que, estudos morfométricos realizados em diferentes raças e etnias apresentam diferenças anatômicas é essencial que dados obtidos na literatura sejam utilizados com cautela, já que podem não ser aplicados universalmente. O objetivo deste trabalho foi analisar as características anatômicas do FT da coluna cervical baixa (C3-C7) e suas variações por meio de imagens tomográficas em uma amostra da população brasileira. Dois observadores independentes realizaram medidas lineares dos diâmetros anteroposterior (DAP) e lateral (DL) e a área (AF) em um total de 600 FTs da coluna cervical baixa de 60 indivíduos (30 do gênero feminino e 30 do masculino) com idade média de 43 ±18. Os valores das medidas foram comparados entre os gêneros, entre os lados e entre diferentes grupos etários (18 a 40 anos; 41 a 60 anos; acima de 60 anos). Os menores DAP, DL e AF médio foram encontrados no nível C7 sem diferença entre os gêneros. Por outro lado, o maior DAP médio foi evidenciado em C6 e o maior DL médio foi evidenciado em C3 sem diferença entre os gêneros. Já os maiores valores médios da AF foram encontrados no nível vertebral cervical de C3 no grupo do gênero feminino e de C6 no grupo do gênero masculino. Os valores médios de DAP, DL e AF foram maiores no lado esquerdo quando comparado ao lado direito em todos os níveis. Notou-se uma tendência ao aumento dos valores médios da AF conforme o avanço da faixa etária. Quanto às variações anatômicas dos forames transversos, 57 indivíduos (95%) do total da amostra apresentaram pelo menos uma alteração morfológica e 25 indivíduos (42%) mais de três. A assimetria foi a variação mais frequentemente encontrada (35 indivíduos = 58,3%), seguida pela duplicação de forame (32 indivíduos = 53,3%), a formação em sulco (25 indivíduos = 41,7%), a hipoplasia de forame (22 indivíduos = 36,7%), a agenesia de forame (5 indivíduos = 8,3%), o forame incompleto (3 indivíduos = 5%) e finalmente a costela cervical em 1 indivíduo (1,7%). Foram determinadas as características morfométricas dos FTs em imagens tomográficas e observou-se variações que justificam seu estudo prévio a procedimentos cirúrgicos que envolvem a coluna cervical.