Contribuição do turismo à economia brasileira.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Casimiro Filho, Francisco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-03022003-162953/
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo geral analisar as contribuições do turismo à economia brasileira, considerando-se a sua estrutura produtiva de 1999. Para isso, procurou-se caracterizar as relações intersetoriais e mensurar os impactos da variação na demanda final sobre produto, emprego e renda, destacando-se os setores que compõem o segmento do turismo. Procurou-se, também, dimensionar esse segmento em termos de produto interno bruto e pessoal ocupado. Para realização deste trabalho, foi necessário desagregar a matriz de insumo-produto construída para o país em setores que foram considerados turísticos e não-turísticos. Na análise foram utilizados, dentre outros, o método dos índices de ligações de Hirschmann-Rasmussem, o enfoque do campo de influência, os índices puros de ligações e os multiplicadores. Os índices de ligações intersetoriais permitiram a identificação dos setores-chave, considerando-se o modelo de insumo-produto aqui construído e o nível de agregação utilizado. Dentre os setores classificados como setores-chave, utilizando-se o conceito mais abrangente, seis foram inicialmente considerados como componentes do segmento do turismo: transporte aéreo regular, transporte aéreo não-regular, agências e organizadores de viagens, atividades auxiliares dos transportes aéreos, estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário e restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação. A análise dos impactos que poderiam ocorrer na produção, renda e emprego caso houvesse variações na demanda final evidenciou que os setores que compõem o segmento do turismo apresentaram elevados multiplicadores setoriais, para produção e renda, ao contrário do multiplicador de emprego, que exibiu valores relativamente baixos na estrutura produtiva aqui considerada. No entanto, a análise do poder de geração de novos empregos, caso ocorresse aumento no investimento de R$ 1 milhão nos setores da economia, permitiu a conclusão de que o segmento do turismo compõe-se de setores com grandes possibilidades de gerar novos postos de trabalho, principalmente quando se considerou o consumo das famílias como endógeno ao sistema. Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), os resultados indicam uma participação do turismo de 7,54% do PIB nacional, havendo amplo espaço para crescimento, como observado neste trabalho. Verificou-se, também, que o aumento no consumo dos turistas domésticos e dos turistas internacionais no Brasil tem impactos diferentes sobre a geração de empregos, os impostos indiretos líquidos, a renda das famílias e o valor adicionado. De maneira geral, o turismo doméstico apresentou-se um pouco mais eficiente que o turismo internacional no Brasil, medindo-se essa eficiência em termos de unidades de emprego e unidades monetárias de impostos indiretos líquidos, renda das famílias e valor adicionado por unidade de acréscimo no consumo dos turistas. No entanto, o turismo internacional não deve ser colocado em segundo plano, uma vez que constitui importante gerador de divisas para o país. Diante disso, ressalta-se a importância da implantação de políticas e programas para promover o desenvolvimento do segmento turístico do Brasil, tendo em vista que o turismo contribui para o crescimento da economia nacional.