As redes de trocas rituais dos Yuhupdeh no igarapé Castanha, através dos benzimentos (mihdttd) e das flautas Jurupari (Ti\')

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Lolli, Pedro Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-07122010-144829/
Resumo: Este trabalho decorre de uma experiência etnográfica entre os Yuhupdeh, na região do alto rio Negro (ou Noroeste Amazônico). Essa região se caracteriza por possuir um sistema social que abarca três grandes famílias lingüísticas: Tukano Oriental, Aruak e Maku. Os Yuhupdeh (Maku) ocupam no sistema regional a posição de mais baixa hierarquia. A experiência buscou compreender aspectos do xamanismo, através de práticas relacionadas à doença e ao ritual. Para tanto, adotou dois focos etnográficos. O primeiro, dirigiu-se a situações em que os benzimentos de cura e de proteção são executados, e o segundo, às situações em que se realizou o dabucuri (festa de oferta de alimentos) com uso das flautas Jurupari (Tí). Os benzimentos de cura e proteção são fórmulas verbais onde o trabalho do benzedor se revelou como sendo o de composição de pessoas. O dabucuri com o uso das flautas Jurupari (Tí) é um ritual conduzido pelo benzedor, que pode incluir a iniciação masculina ou simplesmente a exibição das flautas. Nesse rituais, o trabalho do benzedor se apresenta como sendo o de composição de grupos. Em ambos os casos, os procedimentos são análogos.