Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Koopman, Larissa de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-15022024-100100/
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Resumo: |
A endometriose é uma doença altamente prevalente entre mulheres em idade reprodutiva e frequentemente associada à infertilidade. No entanto, os mecanismos envolvidos na etiopatogênese da infertilidade relacionada à endometriose ainda não foram totalmente elucidados. Acredita-se que a qualidade do oócito tenha um papel importante no comprometimento da fertilidade natural de suas portadoras, sendo a inflamação sistêmica e o estresse oxidativo possíveis mediadores do dano oocitário. Nesse sentido, há evidências de alterações em marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo sistêmico e folicular em mulheres inférteis com a doença. Dentre os principais mediadores da resposta inflamatória estão os eicosanoides, moléculas bioativas de origem lipídica que regulam diversos processos fisiopatológicos, inclusive a foliculogênese, maturação oocitária e ovulação, e são produzidos frente a um estímulo inflamatório ou à exposição a espécies reativas de oxigênio. Questionamos se a inflamação sistêmica e o estresse oxidativo (EO) poderiam modificar o perfil sérico de eicosanoides dessas pacientes, o que poderia se refletir no perfil lipídico do microambiente folicular e prejudicar a qualidade oocitária. Assim, o objetivo primário deste estudo consiste em comparar o perfil de eicosanoides no soro e fluido folicular de mulheres inférteis com endometriose e com infertilidade por fator tubário e/ou masculino submetidas à estimulação ovariana controlada para fertilização in vitro. Para tanto, amostras de sangue e fluido folicular de 18 pacientes inférteis com endometriose e 20 pacientes com infertilidade por fator tubário e/ou masculino foram coletadas no dia da captação oocitária, armazenadas a -80ºC e analisadas quanto ao perfil de eicosanoides pela técnica de espectrometria de massas com ionização por eletrospray (ESI-MS). Quando comparamos os grupos endometriose e controle, não observamos diferença significativa nas concentrações séricas dos 5 eicosanóides detectados, mas evidenciamos maiores concentrações foliculares de Ácido eicosapentaenoico (EPA) no grupo endometriose. Ao subdividirmos o grupo endometriose, observamos um aumento de 5-HETE no soro de mulheres com endometriose sem endometrioma comparado às mulheres com endometriose com endometrioma e um aumento do EPA no fluido folicular de mulheres com endometriose com endometrioma comparado às controles. A análise de correlação demonstrou uma associação moderada positiva entre 5-HETE no soro e 5-HETE no fluido folicular no grupo controle. Observou-se apenas fracas correlações entre as concentrações séricas e foliculares de eicosanoides e os resultados dos tratamentos de RA nos grupos com e sem endometriose. Esses achados contribuem para a compreensão dos mecanismos envolvidos na infertilidade relacionada à endometriose e destacam a importância dos eicosanoides na qualidade oocitária. |