Desenvolvimento e espaço: da hierarquia da desconcentração industrial da região metropolitana de São Paulo à formação da macrometrópole paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Cunha, Alexandre Abdal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-04072008-095824/
Resumo: O presente trabalho insere-se no debate sobre desenvolvimento regional brasileiro. Parte da constatação de que a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi o epicentro do processo de industrialização brasileira e de que, a partir de 1970, apresenta fortes quedas em sua participação na produção industrial e no emprego. A primeira forma de qualificação desse fenômeno o caracterizou como de desindustrialização, porém tal tese foi refutada pela literatura mais recente sobre desenvolvimento regional paulista, segundo a qual o fenômeno consistia em um espraiamento da zona de influência da metrópole paulista para o seu interior adjacente, conjuntamente com uma forte tendência de reestruturação produtiva - desencadeada pelos processos de abertura comercial, de desregulamentação da economia e de privatizações. Tal espraiamento não se realizou de maneira aleatória, mas obedeceu a uma hierarquia fundada no grau de modernidade e dinamismo, desconcentrando na RMSP e em seu entorno as atividades econômicas mais rotineiras e ali concentrando as mais modernas. Além de realizar a verificação empírica dessa hipótese, intenta-se aqui investigar as principais tendências locacionais presentes na economia paulista no pós 1985, com especial atenção para a formação de um espaço econômico mais amplo, formado pela RMSP e pelo seu entorno, também chamado de Macrometrópole Paulista. Sua característica básica é a articulação entre indústria e serviços produtivos, com a primeira tendendo a se tornar intensiva nas localidades adjacentes à metrópole paulista e os segundos, na própria capital. Vale destacar, entretanto, que a indústria, principalmente aquela de caráter mais moderno, permanece bastante concentrada na RMSP, de forma que a ascensão de segmentos de serviços não ocorreu em contexto de esvaziamento da indústria.