Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Alvarenga, Bauer Oliveira e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-07052021-084019/
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Resumo: |
Analisar o aspecto fecal de frangos pode revelar de modo precoce, alterações que poderão ser relacionadas a problemas entéricos, que em grande parte das vezes ocorrem devido ao desequilíbrio da microbiota intestinal (disbiose). Deste modo, o presente estudo teve como objetivo utilizar análises de metagenômica para analisar a relação entre o aspecto morfológico de fezes de frangos e sua respectiva composição bacteriana. O estudo foi composto por um total de oito grupos, os grupos 1, 2 e 3 analisaram fezes com passagem de ração (PR), nos escores 1, 2 e 3, respectivamente. Os grupos 4, 5 e 6 analisaram fezes com muco avermelhado (MA), nos escores 1, 2 e 3, respectivamente. O grupo 7 analisou fezes ileais normais (FIN) e o grupo 8 analisou descargas cecais (DC). Cada grupo foi composto por seis amostras, totalizando 48 amostras. As amostras tiveram o DNA total extraído, e na sequência, se amplificou a região V4 do gene 16S rRNA. O sequenciamento foi realizado no sistema MiSeq e as reads produzidas foram de 2x250 pb. O programa DADA2 fez a modelagem e a correção de erros de amplicons sem a construção de OTUs. As diversidades alfa e beta, assim como, a abundância relativa dos filos e gêneros permitiram entender um pouco mais do comportamento das comunidades bacterianas em seus respectivos aspectos fecais. A diversidade alfa mostrou, através de curvas de rarefação, que as amostras atingiram seu máximo potencial de revelação gênica. E o index de Shannon revelou que o grupo DC apresentou maior diversidade, sendo estatisticamente diferente dos grupos PR-2, PR-3 e MA-1. A diversidade beta mostrou que somente as amostras do grupo DC foram homogêneas. A abundância relativa de filos revelou oito diferentes filos, sendo Firmicutes o mais abundante em todos os grupos, Proteobacteria o segundo mais abundante nos grupos que estudaram fezes ileais normais e suas alterações. Já o filo Bacteroidetes foi o segundo mais abundante no grupo DC. A abundância relativa dos gêneros revelou 136 diferentes gêneros bacterianos. Nos grupos que estudaram fezes ileais normais e suas alterações, os gêneros mais abundantes foram Lactobacillus e Escherichia/Shigella, com exceção do grupo PR-1 que teve essa ordem invertida. Diferente dos demais, o grupo DC teve maior abundância dos gêneros Bacteroides e Faecalibacterium. As análises estatísticas foram feitas com Teste t de Studant (P<0,01). Avaliar o aspecto morfológico de fezes de frangos é tarefa fundamental, que possibilita agir de modo rápido evitando perdas de desempenho e econômicas causadas por disbiose. Desse modo, esse trabalho identificou, através de análises de metagenômica, a existência de 61 diferentes gêneros bacterianos entre o grupo 7 (FIN) e o grupo 8 (DC), assim como, uma variação dos gêneros bacterianos conforme o tipo de alteração fecal, sendo essa mais significativa nos grupos 4, 5 e 6, que estudaram muco avermelhado, mostrando existir uma variação da microbiota intestinal ao longo do dia, devido à ausência de alimento e maior quantidade de muco no intestino, causado pelo período de escuro (jejum). |