Caracterização da expressão fisiológica do antígeno leucocitário humano G em órgãos humanos fetais e adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Palone, Marcos Roberto Tovani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17143/tde-12072019-093301/
Resumo: O antígeno leucocitário humano (HLA)-G corresponde a uma molécula não clássica de classe I do complexo principal de histocompatibilidade. Segundo a literatura, tal molécula pode ser expressa em ambos os contextos patológico e fisiológico. Diversos autores têm apresentado evidências acerca do papel do HLA-G na tolerância imune do feto durante a gestação, bem como para o sucesso de alotransplantes. No entanto, até o momento, há poucas informações publicadas a respeito da expressão fisiológica dessa molécula nos diferentes órgãos humanos. Em acréscimo a isso, a participação do HLA-G em eventos fisiológicos é ainda um assunto controverso entre cientistas. Tendo em vista o exposto, o objetivo desse estudo foi investigar a expressão da proteína HLA-G em órgãos fetais durante o progredir da gestação, bem como em órgãos adultos. Trata-se de um estudo descritivo, comparativo, transversal e retrospectivo realizado com base na revisão de prontuários e análise de necropsias/biópsias de diferentes órgãos de fetos e adultos através do método de imunohistoquímica. Os resultados demonstraram a existência de diferença estatística significativa na imunomarcação da proteína HLA-G em glândulas adrenais (p= 0,0003), baço (p= 0,0276), coração (p= 0,0474), fígado (p= 0,0052), pulmões (p = 0,0367), rins (p = 0,0377) e timo (p= 0,0336) na comparação entre o primeiro e segundo trimestre gestacional; em glândulas adrenais (p= 0,0329), baço (p= 0,0095), pâncreas (p= 0,0009) e placenta (p= 0,0285) na comparação entre o segundo e terceiro trimestre gestacional; e no coração (p= 0,0304), fígado (p= 0,0055), pulmões (p= 0,0150) e rins (p= 0,0312) na comparação entre o terceiro trimestre gestacional e a fase adulta. Foi verificado um aumento na expressão do HLA-G fetal a partir do segundo trimestre gestacional em órgãos como glândulas adrenais, coração, fígado, rins, timo e pulmões. Entretanto, isso não foi uma constante, pois em outros, a exemplo do baço, pâncreas e placenta, não observouse essa tendência durante o mesmo período. Durante o terceiro trimestre gestacional e a fase adulta evidenciou-se valores mais elevados para a expressão do HLA-G nos rins, e valores bastante inferiores no fígado. A expressão fisiológica do HLA-G embora positiva em todos os órgãos avaliados, nos três trimestres gestacionais e/ou na fase adulta, apresentou diferenças na intensidade e localização nos diferentes órgãos e períodos. Os achados a partir dessa pesquisa certamente representam uma importante contribuição para um melhor entendimento do mecanismo gestacional, assim como da fisiologia do HLA-G em adultos, sobretudo no que concerne o estabelecimento da tolerância imunológica em transplante de órgãos