Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lilian Puglas da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22134/tde-28022018-193610/
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Resumo: |
O puerpério é a fase final do ciclo gravídico-puerperal, sendo permeado por intensas modificações físicas e psíquicas. Essas modificações podem ser influenciadas pelas orientações recebidas durante a gestação nas consultas de pré-natal, cursos de gestante e pelo meio sociocultural em que a puérpera está inserida, podendo resultar em alterações patológicas específicas do ciclo. Nesta perspectiva, a consulta puerperal de enfermagem tem o papel de prevenir essas alterações por meio de orientações e esclarecimentos das dúvidas apresentadas pelas puérperas, sendo importante atrelar o saber social/familiar com o saber científico e encaminhar para outros profissionais sempre que necessário. Assim, esta pesquisa objetivou identificar as principais queixas e problemas apresentados pelas puérperas durante a consulta e elaborar um fluxograma que se adapte às necessidades das puérperas atendidas na instituição. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e transversal com tratamento quantitativo dos dados. A estratégia utilizada para obtenção dos dados foi a entrevista semiestruturada, sendo composta por dados referentes à situação sociodemográfica, pré-natal, parto, puerpério e exame físico do binômio mãe-filho. As mães de recém-nascidos que permaneceram hospitalizados após a alta materna foram excluídas do estudo. O estudo foi realizado na maternidade de um hospital privado do interior paulista, entre os meses de outubro e dezembro de 2016, com uma população de 114 puérperas que tiveram o seu parto no respectivo período. Das puérperas avaliadas, 55,9% eram primíparas, e a faixa etária variou entre 19 e 43 anos de idade. No que se refere ao pré-natal, 97,3% realizaram mais que 06 consultas e 66,7% referiram não terem recebido nenhuma orientação sobre o período puerperal nas consultas de pré-natal. O parto cesáreo ocorreu em 89,5% dos casos. Todas as puérperas estavam praticando o aleitamento materno, e 42,1% destas relataram dificuldades em amamentar. No geral, essas dificuldades foram referentes a realizar a \"pega correta\" do recém-nascido ao seio materno. Dentre as complicações mamárias, verificou-se que 36,8% foram relativas a traumas mamilares, sendo as fissuras mamárias responsáveis por 30,7% dos casos. Das pacientes atendidas, 80,7% das puérperas necessitaram de orientações sobre autocuidado e/ou para os cuidados dispensados ao recém-nascido. Dos recém-nascidos avaliados, 90,4% apresentaram bom estado geral e foram liberados para a casa e 9,6% foram encaminhados para avaliação com pediatra. Conclui-se que, apesar da consulta puerperal ter indicado melhorias na assistência oferecida ao binômio mãe-filho, evidenciou-se o número reduzido de puérperas que retornaram ao serviço para realização da consulta puerperal, seja pela cultura de medicalização ou pela predileção das mulheres em realizar a consulta de puerpério com o médico. Com base nesses achados, faz-se necessário realizar ações educativas com as grávidas a fim de esclarecer a importância da consulta puerperal de enfermagem na prevenção e identificação precoce de complicações no binômio mãe-filho. |