Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Erica Brandão de Moraes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-12052017-153543/
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Resumo: |
Introdução: Crenças de autoeficácia e de medo da dor e evitação do movimento influem na incapacidade em pacientes com lombalgia crônica e estratégia que as modifiquem são desejáveis. Objetivo: Analisar o efeito de um Programa de educação e exposição ao movimento (PROAME) na modificação dessas crenças, estilo de pensamento, humor e incapacidade em pacientes com lombalgia crônica. Método: Ensaio clínico randomizado, cegado para a avaliação do desfecho, realizado com 81 pacientes divididos em três grupos: Grupo A (três sessões de exposição e três sessões de educação), Grupo B (três sessões de educação) e Grupo C (controle). Foram elegíveis pacientes com lombalgia 6 meses,com pontuação na Escala Tampa de Cinesiofobia 51 pontos e na Escala de Autoeficácia para Dor Crônica 182 pontos. Os pontos de corte das crenças foram estabelecidos neste estudo. Autoeficácia e medo da dor e evitação do movimento foram desfechos primários. Pensamentos catastróficos, ansiedade, depressão, incapacidade e dor, desfechos secundários. A comparação dos desfechos entre os Grupos A, B e C foi feita por meio dos testes Qui-quadrado, Exato de Fisher, Equação de Estimação Generalizada, ANOVA e Kruskal Wallis. Resultado: Os pacientes dos Grupos A e B melhoraram a autoeficácia, o medo da dor e evitação do movimento, pensamentos catastróficos, ansiedade, depressão e incapacidade (p<0,001). Os doentes do Grupo C ficaram estáveis em todas essas variáveis. O Grupo A melhorou a intensidade dolorosa e características neuropáticas, quando comparado aos Grupos B e C (p<0,001). Na análise do Ciclo Vicioso do Medo da Dor e Evitação do Movimento, atividades do dia a dia (53,7%) e o movimento de curvar a coluna (48,2%) foram os que mais causavam dor. A dor com componente neuropático ocorreu em 39,2% dos relatos e em 71,4% das vezes havia pensamentos catastróficos. Medo exagerado estava presente em 44,4% dos que tinham incapacidade limitada e em 27,8% dos que apresentavam incapacidade maior. A hierarquização do medo no termômetro do prejuízo (escore de 0-100) mostrou que o medo acima de 50 pontos foi descrito em 24 de 40 atividades. .As atividades mais escolhidas para a exposição foram trabalhar com a pá (33,3%), correr (33,3%), carregar sacolas de compras uma em cada mão (25,9%), esfregar o chão com rodo (25,9%) e realizar abdominal no chão (25,9%). Houve redução dos escores de medo e ansiedade, após a primeira exposição (p<0,001) e segunda exposição (p<0,001). Conclusão: A parte educativa do PROAME foi capaz de melhorar as crenças disfuncionais, o humor e a incapacidade dos doentes, mas não a intensidade dolorosa. No entanto, somente a exposição ao movimento melhorou a intensidade da dor. A análise do Ciclo Vicioso mostrou a presença de medo exagerado ao movimento, catastrofização e incapacidade. |