Avaliação radiográfica, histomorfométrica e de função de vôo após fixação de osteotomias distais de úmero em pombas (Columba livia), com modelo inédito de fixador externo articulado. Estudo comparativo de fixador transarticular dinâmico e estático

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ferraz, Vanessa Couto de Magalhães
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-12122008-110623/
Resumo: O tratamento de fraturas umerais distais em aves impõe grande dificuldade, devido a córtices muito finas dos ossos A artrodese com fixador externo da articulação úmero-rádio-ulnar é inviável para aves que se pretende reintroduzir ao meio ambiente. Doze animais foram divididos em dois grupos: cirurgias bilaterais com anquilose de uma asa (asa estática) e manutenção da articulação da outra (asa dinâmica) (grupo 1), e cirurgia unilateral, com manutenção da função da articulação (asa dinâmica), sendo a outra controle (asa intacta) (grupo 2). Foram feitas avaliações clínicas, radiológicas, morfológicas do osso, histomorfométricas (de ambos os grupos) e de capacidade de vôo (grupo 2). A 6 semanas, todos os animais apresentavam fraturas consolidadas, com excessão de dois animais do grupo 1, que somente apresentaram consolidação das asas dinâmicas às 9 semanas e das estáticas às 12 semanas. Todos os animais do grupo 2 apresentaram capacidade de vôo adequada, antes de 13 semanas após a cirurgia. No grupo 1 o úmero da asa dinâmica representava 99,1% do comprimento do da asa estática, e no grupo 2, estes eram 99,5% em relação à asa intacta. A amplitude da asa, no grupo 2, demonstrou que a relação da asa dinâmica/intacta foi de 93%, e no grupo 1 a relação asa dinâmica/estática foi de 105%. O volume do osso intacto foi de aproximadamente 29% da área estudada, enquanto o da asa estática foi de 19% e das asas dinâmicas, de 22%. Houve diferença entre o número de osteoblástos das asas intactas e dinâmicas, porém não houve diferença entre as asas estáticas e intactas e entre as dinâmicas e as estáticas, e também não houve diferença do número de osteoclástos entre nenhum tipo de asa. A razão da superfície óssea pelo volume ósseo indica a quantidade de áreas de reabsorção. Não houve diferença entre as asas estática e dinâmica, porém houve diferença entre estas e os controles. O método proposto de técnica para fixação de fraturas umerais distais, sem a anquilose da articulação úmero-rádio-ulnar, demonstrou ser efetivo em manter o comprimento ósseo, a amplitude da asa e assim, garantindo a capacidade de vôo das aves tratadas, além de demonstrar ser equivalente histológicamente à técnica tradicional e mais estável de anquilose da articulação, para este tipo de fratura, e até mesmo, no período estudado, ser equivalente ao osso são, sendo um método adequado para a reparação de fraturas distais de úmero em aves quando se pretende a reabilitação destes animais.