Identificação molecular de isolados do fitoplasma do enfezamento vermelho do milho coletados no Estado de São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Bianchini, Luciana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-07082002-142005/
Resumo: A partir de meados da década de 80, com a expansão da cultura do milho para além das épocas tradicionais de cultivo, quer pela prática da safrinha ou por plantios irrigados, vem ocorrendo um aumento na incidência de doenças a secundária. Dentro deste contexto, o enfezamento vermelho do milho, relatado no país primeiramente em 1970, vem ocorrendo de forma freqüente, apresentando altos índices de ocorrência, muitas vezes com comprometimento total da produção. As plantas infectadas apresentam uma sintomatologia complexa facilmente confundida com viroses. O sintoma mais característico é o avermelhamento foliar. Além do avermelhamento as plantas apresentam redução na altura, perfilhamento basal e axilar, espigas extranumerárias e colmos afinados. Essa doença é causada por um procarioto não cultivável em meio de cultura, habitante exclusivo do floema, denominado fitoplasma, veiculado de forma persistente e propagativa pela cigarrinha Dalbulus maidis. Devido às características do patógeno, a única forma de controle promissora é a utilização de variedades tolerantes/resistentes. Para eficiência na obtenção destas variedades é necessário um diagnóstico correto e conhecimento sobre a variabilidade metodologia mais eficiente tanto para diagnose correta como para investigar essa variabilidade tem sido o PCR. O PCR, utilizando oligonucleotídeos baseados no gene 16SrDNA seguido da análise de RFLP, proporciona uma identificação mente a classificação de fitoplasmas é fundamentada no perfil molecular obtido por análise de RFLP de fragmentos do gene 16SrDNA amplificados. Com base nestas considerações, o trabalho teve como objetivo caracterizar molecularmente isolados do fitoplasma associado ao enfezamento vermelho do milho, coletados em quatro regiões produtoras de milho do estado de São Paulo. A sintomatologia para cada amostra de milho foi anotada. Foram usados dois pares de oligonucleotídeos universais para fitoplasmas em duplo PCR, um par de oligonucleotídeo especificamente desenvolvido para detecção do fitoplasma do enfezamento vermelho do milho, além de oligonucleotídeos para detecção de fitoplasmas pertencentes a grupos específicos. Após amplificação e eletroforese, 29 isolados foram selecionados para a identificação através de RFLP. Fragmentos de DNA foram submetidos à digestão com diferentes enzimas de restrição com o objetivo de identificar/classificar o fitoplasma. Os padrões de bandas obtidos após a eletroforese em gel de poliacrilamida foram comparados com os padrões atuais para classificação dos fitoplasmas. Todos os isolados analisados apresentaram idênticos padrões de bandas, para cada enzima de restrição, considerada individualmente. Não houve diferenciação de acordo com a região geográfica de coleta ou de acordo com intensidade de sintomas apresentados. Todos os isolados foram identificados como pertencentes ao grupo I e subgrupo B da classificação molecular atualmente adotada para estes microorganismos.