Avaliação de indicadores internos para determinação da digestibilidade aparente total em equinos com dietas completas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pombo, Gabriela do Vale
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-23092014-155338/
Resumo: Com o objetivo de avaliar a acurácia, a precisão e a robustez de diferentes indicadores internos na predição da digestibilidade aparente total da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), energia bruta (EB) e fibra em detergente neutro (FDN) para equinos, foi realizado um experimento no Setor de Equideocultura da Prefeitura do Campus de Pirassununga da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos em parceria com o Laboratório de Fermentabilidade Ruminal, no qual foram utilizadas cinco éguas em mantença, alojadas em baias individuais, dispostas em quadrado latino 5x5 (cinco dietas e cinco animais) sendo as formulações isoproteicas e isoenergéticas. Os alimentos e as fezes deste experimento foram usados para a comparação dos dados estimados com os dados calculados através do experimento in vivo de coleta total de fezes. A determinação das frações indigestíveis foi feita após incubação in vitro com inóculo fecal equino diluído e tamponado. As amostras foram incubadas por 168 horas, retiradas, lavadas e então realizadas as análises dos nutrientes e estimativas da digestibilidade aparente, corrigida pela taxa de recuperação dos indicadores internos. A acurácia foi avaliada pela comparação do viés médio (dado predito - dado observado) entre os indicadores; a precisão, por meio da raiz quadrada do erro de predição e do erro residual; e a robustez, pelo estudo da regressão entre o viés e o consumo de matéria seca, consumo do indicador e peso vivo. Observando as taxas de recuperação (TR), pode-se dizer que a celulose indigestível (CELi) e a fibra em detergente neutro indigestível (FDNi) tiveram melhores TR, uma vez que sua recuperação média não diferiu de 100% (P>0,05). O viés médio obtido com FDNi não difere do viés médio obtido pela lignina em detergente ácido indigestível (LDAi). Por consequência de uma menor TR, os indicadores FDNi e LDAi possuem vieses negativos e diferentes de zero (P<0,05), mostrando que estes são menos acurados e subestimam o coeficiente de digestibilidade da MS. Quanto à precisão, as variâncias dos vieses (RQMEP2) para os indicadores CELi e LDAi foram maiores que a dos demais indicadores avaliados, pelo teste de Barllet. Não houve diferença significativa entre os coeficientes angulares da regressão dos vieses dos indicadores e as variáveis consumo de matéria seca, consumo de indicador e peso vivo (P>0,05). Nas condições em que o trabalho foi realizado, pode-se concluir que os indicadores mais acurados foram FDAi e CELi, seguidos da FDNi e LDAi. Quanto à precisão, FDAi e FDNi foram mais precisos que CELi e LDAi, sendo todos os indicadores robustos quanto a consumo de matéria seca, consumo de indicador e peso vivo.