Influência da dentina sadia e afetada por cárie na resistência de união de sistemas adesivos e cimentos de ionômero de vidro em dentes decíduos - estudo in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Alves, Fabiana Bucholdz Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23132/tde-01042011-125321/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do substrato dentinário sadio e afetado em dentes decíduos, após restaurações realizadas com diferentes materiais, na resistência de união e nanoinfiltração. Setenta e dois segundos molares receberam preparos padronizados na superfície oclusal e foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um grupo foi denominado dentina sadia [DS] (n=36), e o outro foi submetido ao desafio cariogênico artificial (ciclagem de pH) denominado dentina afetada [DA] (n=36). Posteriormente, os dentes foram restaurados (n=6) com os seguintes materiais: cimento de ionômero de vidro modificado por resina (CIVMR) com nanopartículas - KetacTM N100 [KN100], CIVMR - Vitremer [VI], cimento de ionômero de vidro de alta viscosidade (CIVAV) - KetacTM Molar Easy Mix [KME], Sistema Adesivo autocondicionante de passo único AdperTM Easy One Self-Etch Adhesive [EASY], sistema adesivo autocondicionante de dois passos - AdperTM SE Plus [SE], sistema adesivo com condicionamento ácido total - AdperTM Single Bond 2 [SB]. Os grupos dos sistemas adesivos receberam restauração com resina composta (Filtek Z250). Após 24 horas de armazenagem em água destilada (37ºC), os dentes foram seccionados no sentido vestíbulo-lingual e novos cortes no sentido mésiodistal de forma a obter palitos com secção transversal de 1 mm2 de área. Os espécimes foram submetidos ao teste de microtração (1,0 mm/min) e o modo de falha foi determinado utilizando um microscópio óptico (400x). Um espécime de cada dente foi imerso 24 h em uma solução de nitrato de prata 50% por peso e posteriormente imersos em solução reveladora sob luz fluorescente, por 8 horas. A quantidade de penetração foi avaliada por único examinador, cego em relação aos grupos, por meio de imagens em microscópio eletrônico de varredura em modo de elétrons retroespalhados, sendo adotado escore de 0 a 3. A concordância intraexaminador foi de 0,87. A média dos valores de resistência de união de cada material foi submetida à análise de variância de dois fatores e complementado pelo teste de Tukey. Para os dados da nanoinfiltração foram utilizados o teste de Kruskal Wallis e Mann-Whitney. O nível de significância adotado foi de 5%. A média (±desvio padrão) de cada material, em dentina sadia foi: KN100: 35,2 (±9,4); VI: 29,2 (±7,8); KME: 18,8 (±2,7); EASY: 27,12 (±2,42); SE: 18,77 (±7,23); SB: 37,32 (±3,95). Para dentina afetada: KN100: 35,8 (±6,7); VI: 24,9 (±5,7); KME: 14,5 (±0,7); EASY: 14,32 (±5,79); SE: 13,29 (±3,43); SB: 19,36 (±4,06). O tipo de falha mais freqüente independente do tipo de substrato foi coesiva para o CIVAV e adesiva para os sistemas adesivos e CIVMR. O fator substrato dentinário não influenciou significativamente a infiltração de prata na interface. Pode-se concluir que os CIVs não sofrem influência na resistência adesiva em relação ao substrato. Entretanto, os sistemas adesivos autocondicionante de passo único e condicionamento prévio são influenciados pelo substrato afetado por lesão de cárie.