Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lapa, Jorge Dornellys da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-23102023-132448/
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Resumo: |
Introdução: a dor nociceptiva é o tipo mais comum de dor na doença de Parkinson (DP). Afeta negativamente a qualidade de vida dos pacientes e atualmente não há tratamento baseado em evidência para o seu controle. A estimulação medular tipo burst tem sido usada para controlar a dor neuropática e, recentemente, demonstrou aliviar também a dor nociceptiva. Neste estudo, hipotetizou-se que a estimulação magnética transespinhal tipo burst (bTsMS) reduziria a dor nociceptiva na DP. Método: vinte e seis pacientes foram incluídos em um estudo duplamente encoberto, aleatorizado, em grupos paralelos, sham-controlado, e o efeito analgésico do bTsMS cervical inferior foi avaliado em pacientes com dor nociceptiva e DP (NCT04546529). Cinco sessões diárias de indução na primeira semana foram seguidas por duas sessões semanais de manutenção realizadas durante mais 7 semanas. O desfecho primário foi o número de respondedores ( 50% de redução da intensidade de dor média nas últimas 24h avaliada em uma escala numérica variando entre 0-10) durante as 8 semanas de tratamento. Sintomas de humor, qualidade de vida, impressão global de mudança e eventos adversos foram avaliados ao longo do estudo. Resultados: a amostra de pacientes com DP incluiu 53,8% de homens. O número de respondedores durante as 8 semanas iniciais de tratamento com bTsMS foi significativamente maior no grupo ativo comparado ao grupo sham (p=0,044), principalmente devido ao efeito da primeira semana de tratamento, quando oito (61,5%) pacientes responderam à estimulação ativa e dois (15,4%) pacientes responderam ao bTsMS sham (p=0,006). O número necessário para tratar foi 2,2 na primeira semana. O score de sintomas depressivos foi menor (4,0±3,1) após o bTsMS ativo comparado ao bTsMS sham (8,7±5,3 (p=0,011). A impressão global de mudança do paciente foi melhor após o bTsMS ativo (70%) comparado com bTsMS sham (18,2%) (p=0,030). Eventos adversos menores foram relatados em ambos os grupos do estudo durante as sessões de tratamento. Um efeito adverso maior não relacionado ao tratamento ocorreu no grupo ativo (morte por embolia pulmonar). A estratégia de cegamento do estudo foi efetiva. Conclusão: a bTsMS proporcionou alívio significativo da dor, além de melhorar a impressão global de mudança e reduzir os sintomas depressivos na DP neste estudo fase II |