Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Daca, Timóteo Salvador Lucas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39133/tde-11012016-102134/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A atividade física (AF) é reconhecida como uma boa alternativa de prevenção de doenças e promoção do bem-estar físico, mental e social das populações. Não obstante esse consenso, os programas de AF para idosos têm dificuldades para encontrar métodos que sejam capazes de proporcionar, simultaneamente, eficácia nos efeitos desejados e permanência dos participantes. OBJETIVO: comparar a aquisição, a retenção e a permanência dos efeitos biopsicossociais de dois modelos de intervenção de AF para idosas em Moçambique. MÉTODO: um grupo de 69 mulheres idosas com idade igual ou superior a 60 anos participaram do estudo, tendo sido criteriosamente selecionadas e aleatoriamente distribuídas para dois grupos: Formal (prática de atividades físicas formais) e Lúdico (prática de atividades lúdicas). A intervenção foi realizada em duas fases e as aulas tiveram frequência de 3 vezes por semana em dias alternados (segundas, quartas e sextas feiras), sessões diárias de uma hora de duração e orientadas por monitores credenciados. Na primeira fase (Fase 1) que durou 12 semanas, o Grupo Formal (n=35) realizou sessões de 20 minutos de trabalho aeróbio em cicloergômetro com intensidade de esforço controlada de 65 à 85% da frequência cardíaca máxima (FCmáx.), mais 8 exercícios de resistência muscular com 15 repetições máximas (RM) enquanto o Grupo Lúdico (n=34) realizou atividades físicas de caráter lúdico compostas por jogos, atividades recreativas ativas incluindo danças tradicionais. Na segunda fase (Fase 2) que durou 8 semanas, cada grupo foi subdividido em dois subgrupos que combinados resultaram na formação de 4 subgrupos: Formal (n=18/14); Lúdico (n=17/15); Formal + Lúdico (ForLuD; n=17/14) e Lúdico + Formal (LudFor; n=17/16). Um dos subgrupos continuou a realizar o mesmo tipo de atividade da fase 1 (retenção), enquanto o outro realizou AF que antes não tinha realizado (permanência). Antes do início da intervenção e no final de cada fase as participantes foram submetidas aos mesmos testes (pré; pós1 e pós2) que incluía: (1) antropometria (peso, altura, perímetro da cintura e porcentagem da gordura por bioimpedância); (2) fatores de risco de doença cardiovascular (pressão arterial sistólica e diastólica; glicemia; colesterol, lipoproteína de alta densidade e triglicerídeos); (3) teste de aptidão física de Rikli e Jones (1999) (sentar e levantar; rosca; sentar e alcançar; agilidade e caminhada); (4) nível da atividade física habitual (acelerômetro por 7 dias) e (5) variáveis psicossociais (autoeficácia; autopercepção do desempenho; autoestima, autoimagem e motivação intrínseca). Os dados foram analisados no SPSS.20 com 95% de intervalo de confiança e obedeceu aos pressupostos da normalidade de dados (ANOVA mista) e não normalidade (Mann-Whitney, Wilcoxon e Qui quadrado). RESULTADOS: As participantes apresentaram elevada prevalência de risco de saúde no início do estudo, quadro que permaneceu até o final da intervenção. Na fase de aquisição ambos os grupos melhoraram a capacidade cardiorrespiratória e aumentaram o nível de confiança em continuar a participar do programa. Na retenção e na permanência todos os subgrupos diminuíram a porcentagem de gordura corporal e melhoraram a agilidade. Não houve diferença estatisticamente significante na comparação intergrupos (na aquisição) e intersubgrupos (na retenção e na permanência). CONCLUSÃO: Os dois modelos de intervenção foram similares nos efeitos biopsicossociais da AF, o que permite sugerir que o modelo lúdico é uma alternativa real e viável de programa de intervenção para idosas moçambicanas, consideradas as condições culturais, sociais e econômicas do país |