\"Conversa de bois\", de João Guimarães Rosa: uma leitura à luz poética do próprio autor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Vaz, Valteir Benedito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-06112012-114750/
Resumo: O objetivo deste trabalho, num primeiro momento, foi extrair das 65 cartas que João Guimarães Rosa remeteu à sua tradutora para o inglês, Harriet de Onís, durante a tradução de Sagarana, as linhas gerais que configuram sua poética. Um breve panorama da gênese e da recepção deste livro, seguidos pelos comentários às mencionadas cartas, abriu nossa pesquisa. Depois disso realizamos uma análise do conto Conversa de bois, oitava narrativa de Sagarana, enriquecida pelas declarações do escritor na referida correspondência em torno do seu processo de criação. Para complementar a análise e esclarecer certas questões relativas à técnica compositiva do autor não tratadas especificamente em sua poética, recorremos a alguns conceitos-chave de pensadores de diferentes tradições que, embora desenvolvidos em épocas distintas, encontram seu lugar nesse estudo do universo heteróclito criado por JGR. Uma atenção especial foi dada ao Formalismo Russo (Roman Jakobson (1896-1982), Viktor Chklóvski (1896- 1984), Iuri Tyniánov (1894-1943) e Ossip Brik (1888-1945)) cujos preceitos muitos deles em consonância com a poética rosiana foram uma referência válida para a metodologia de nossa análise.