Resíduos de praguicidas em amostras de ovo comercializadas na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Ciscato, Cláudia Helena Pastor
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Egg
Ovo
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-13072009-093046/
Resumo: O uso de praguicidas na agricultura e pecuária pode acarretar sérios problemas à saúde dos seres humanos e dos animais. O controle da presença destas substâncias nos alimentos e no meio ambiente são um instrumento importante para minimizar o risco da exposição a estas substâncias. No Brasil, as informações sobre resíduos de praguicidas são insuficientes, especialmente quando se trata de produtos de origem animal. Um importante nutriente na dieta dos seres humanos é o ovo, principalmente na dieta infantil. De acordo com a FAO o Brasil ocupa o 7° lugar na produção de ovos com 1,72 milhões de dúzias por ano e um consumo per capita de 1,7 kg/ano (IBGE, 2003). Embora o consumo de ovos no Brasil seja um aspecto importante a maior parte da produção é exportada para outros países, principalmente, Arábia Saudita, China, Japão e Holanda. Este estudo foi desenvolvido no período de Janeiro de 2004 a Dezembro de 2006, um total de 150 amostras de ovos foram coletadas no mercado e avaliadas para a presença de resíduos de praguicidas organoclorados, organofosforados e piretróides. O método utilizado nas analises para determinar os resíduos de praguicidas nas amostras foi o DFG S19. Este método consiste em extração com solvente orgânico, etapa de partição com diclorometano e purificação com o emprego de cromatografia de permeação a gel e mini-coluna de sílica gel. Para a identificação e quantificação foi utilizada a metodologia analítica de cromatografia gasosa com detectores de captura de elétrons, nitrogênio/fósforo e fotométrico de chama. Os estudos de recuperação estiveram dentro da faixa de 70 a 120%. Os resultados das analises mostraram que o herbicida alacloro foi detectado em 0,7% das amostras analisadas e a sua contribuição para a ingestão diária crônica foi avaliada. Este praguicida não possui LMR em ovo, assim como o parâmetro de ingestão diária aceitável não foi estabelecido, porém a presença em ovo pode ser atribuída a alimentação dos animais e este praguicida devido a presença de cloro na molécula pode contribuir para o risco crônico à saúde humana. Embora apenas uma amostra tenha tido um resultado positivo, o controle dos alimentos destinados a população são um importante fator a ser controlado para garantir a saúde da população.