Efeito da desnutrição protéica sobre a matriz extracelular da medula óssea de camundongos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Vituri, Cidônia de Lourdes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-09042015-124142/
Resumo: As células sangüíneas originam-se da medula óssea através da célula tronco que sofre processo de proliferação, diferenciação e maturação no microambiente hematopoiético. O microambiente hematopoiético é uma estrutura altamente organizada composta de células estromais, moléculas da matriz extracelular (MEC) e citocinas. A desnutrição protéico-energética diminui a produção de células sangüíneas e interfere na defesa do organismo. Neste trabalho estudamos os efeitos da desnutrição protéica (dieta contendo 4% de caseína) sobre a MEC da medula óssea em camundongos. Avaliamos a composição da MEC através de SDS-PAGE 7,5% e Western blot para Fibronectina (FN), laminina (LN) e trombospondina (TSP). Verificamos a capacidade da MEC aderir e sustentar proliferação da célula mielóide FDC-P1, na ausência e na presença de citocinas (GM-CSF e IL3). Avaliamos também a capacidade de ligação destas citocinas na MEC. O perfil eletroforético mostrou diferenças nas proteínas da MEC do animal desnutrido em relação ao controle. Através da densitometria dos géis observamos nas amostras obtidas do animal desnutrido, maior intensidade nas bandas de peso molecular 220, 182, 108 e 56 KDa em relação ao controle. Em 72 KDa a banda foi mais intensa nas amostras dos animais controles. A banda de 60 KDa foi evidenciada apenas nas amostras obtidas dos animais desnutridos. As bandas de 123 e 49 KDa foram evidenciadas apenas nas amostras dos animais controles. A expressão de FN, LN e TSP foi maior nas amostras obtidas dos animais desnutridos. Os ensaios de adesão e proliferação na presença e ausência de citocinas não apresentaram diferenças significativas entre as amostras. Quando avaliamos a capacidade da MEC ligar-se ao GM-CSF, houve maior interação com a MEC proveniente do animal desnutrido do que a MEC do animal controle. O teste de ligação para o IL3 não mostrou diferenças entre as amostras. Esses achados sugerem que a desnutrição protéica induz modificações na MEC, alterando o microambiente hematopoiético.