Resumo: |
A fragilidade do tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e seu visível desaparecimento de certas regiões, inclusa sua área de distribuição original mostram com clareza a necessidade de medidas que possam garantir proteção desse animal. O estudo do papel das doenças nesse aspecto constitui um eixo importante das estratégias para conservação dessa espécie, principalmente considerando-se que estudos ecológicos reconhecem as doenças como o mecanismo regulatório de populações naturais. Este trabalho objetivou avaliar a freqüência de anticorpos anti- Leptospira, anti-Brucella abortus e anti-Chlamidophila. Foram analisadas 21 amostras de soro de tamanduás-bandeira de vida livre oriundos dos Parques Nacionais da Serra da Canastra e das Emas e da Reserva SESC Pantanal. Destes 12 (57,14%) amostras foram reagentes para o teste de soroaglutinação microscópica anti-Leptospira sp, 1 (0,04%) foi reagentes para o teste do Antígeno Acidificado Tamponado (TAA) - anti- Brucella abortus e todas as amostras foram consideradas negativas para a presença de anticorpos anti-Chlamidophila sp. Por se tratar de uma espécie que possui baixo potencial reprodutivo, apresentando cuidado parental prolongado, longos períodos de gestação e somente uma cria por ano, patógenos que possam afetar o sucesso reprodutivo, podem ser extremamente nocivos para populações de tamanduás-bandeira em vida livre. |
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