Achados audiológicos e malformações auriculares no espectro oculoauriculovertebral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Alves, Bruna Tozzetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-06102020-145210/
Resumo: O espectro oculoauriculovertebral (EOAV) é um defeito congênito que envolve estruturas derivadas do primeiro e segundo arcos faríngeos e tem como principais características malformação da orelha externa, hipoplasia mandibular, dermóide epibulbar e anomalia de coluna cervical. Orelha externa, média e interna podem ser afetadas nesta condição, e a microtia com atresia do meato acústico externo é o achado mais comum. Perda auditiva condutiva e mista são frequentemente descritas. Objetivos: Verificar a presença de malformações auriculares e a presença de perda auditiva, investigando possível associação entre elas, e verificar a associação entre os achados tomográficos dos ossos temporais com a função auditiva e malformações auriculares em pacientes com diagnóstico de EOAV. Material e Métodos: Foi realizado no Setor de Fonoaudiologia do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC), da Universidade de São Paulo (USP) e envolveu análise retrospectiva de prontuários. A casuística incluiu 72 pacientes com EOAV atualmente acompanhados pela equipe de cirurgia craniomaxilofacial do hospital, que apresentaram em sua documentação clínica dados quanto à presença e ao tipo de malformação auricular, avaliação audiológica e tomografia de ossos temporais. Os dados foram analisados por meio do protocolo formulado para a obtenção dos dados, onde foram organizados e utilizado o teste estatístico Qui-quadrado. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). Resultados: A microtia foi a malformação auricular mais encontrada em 65 (58%) das orelhas, sendo a do tipo III a mais evidenciada em 42 (64,6%) orelhas. A perda auditiva mais comum foi do tipo condutivo em 44 (55,7%) e do grau severo em 41 (51,9%) das orelhas. A maior parte das orelhas com microtia avaliadas por meio de tomografia também apresentavam malformação de orelha média. Conclusão: Devido à alta ocorrência de microtia e de perda auditiva nos casos estudados de EOAV, o diagnóstico, o acompanhamento e a reabilitação audiológica devem ocorrer precocemente, pois o impacto da deficiência auditiva no desenvolvimento da linguagem, pode impor a estes pacientes um obstáculo adicional para a comunicação efetiva e consequente interação social