Comparação entre duas técnicas cirúrgicas para correção intra-uterina de meningomielocele em feto de ovelha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Herrera, Silvia Rejane Fontoura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-09012015-160615/
Resumo: Introdução: A incidência de defeitos do tubo neural é de cerca de 1/1000 nascimentos. Na mielomenngocele, o tratamento intra-uterino utilizando a técnica neurocirúrgica clássica, apresenta melhor prognóstico neurológico, do que o tratamento pós natal, mas está associado a complicações maternas e fetais. Novas técnicas de correção estão sendo estudadas para diminuir a morbidade materna e fetal. Objetivo: Comparar os efeitos sobre a medula de duas técnicas cirúrgicas de correção intra-uterina de um defeito semelhante à mielomeningocele , em fetos de ovelha. Métodos: Em 15 fetos foi criado um defeito semelhante à mielomeningocele (laminectomia e excisão de dura-máter) no 90° dia de gestação. O tipo de correção foi randomizado. No grupo 1, o defeito foi corrigido usando a técnica neurocirúrgica clássica, com a sutura de três camadas (dura-máter, músculo e pele), realizada por um neurocirurgião. No grupo 2, um especialista em Medicina Fetal, utilizou uma técnica simplificada, colocando um fragmento de celulose Biosintética sobre a medula e suturando apenas a pele sobre a celulose. Próximo ao termo da gestação (132° dias), os fetos foram sacrificados para análise anatomopatológica. Resultados: Ocorreram 1 morte materna, 3 casos de trabalho de parto precoce e 4 tardios. Um total de 10 casos foram viáveis para avaliação anatomopatológica 10 casos, 6 no grupo 1 e 4 no grupo 2. No grupo 1, todos os casos mostraram aderência da medula à cicatriz (meningoadesão) e perda da arquitetura medular por destruição do funículo posterior e 5 de 6 casos apresentaram perda da visualização da substância cinzenta. No grupo 2, observamos em todos os casos, a formação de uma neoduramater, separando o tecido nervoso do músculo adjacente, sendo que o funículo posterior e a substância cinzenta estavam preservados. Conclusão: A técnica simplificada foi superior à técnica neurocirúrgica, com maior preservação da medula e evitando as aderências do tecido nervoso. Nossos achados sugerem que a técnica utilizada atualmente na correção de mielomeningocele em fetos humanos deva ser reavaliada