Avaliação ecocardiográfica por speckle tracking tridimensional em pacientes com cirrose hepática não - alcoólica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Furtado, Meive Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-10032020-150208/
Resumo: Introdução: O comprometimento miocárdico é a principal preocupação na cardiomiopatia cirrótica e a disfunção sistólica, às vezes, pode ser desmascarada somente sob condições de estresse. Utilizamos o ecocardiograma tridimensional com avaliação pelo strain tridimensional (ST3D) para investigar os parâmetros de deformação miocárdica e a influência de fatores de risco cardiovascular (FRC) em pacientes cirróticos não alcoólicos. Métodos: 72 cirróticos e 25 saudáveis foram submetidos a um ecocardiograma incluindo ST3D. A avaliação de strain longitudinal, circunferencial, de area tracking e twist globais foram consideradas. O grupo de cirróticos foi dividido em 2 subgrupos de acordo com a presença (31) ou ausência (41) de FRC. A gravidade da doença foi avaliada pelo escore do modelo para doença hepática terminal (MELD). Resultados: Pacientes cirróticos apresentaram maior volume do átrio esquerdo (28,8 ± 7,9 ml vs. 19,4 ± 4,3 ml; p < 0,01), maior relação E/e\' (10,7 ± 1,97 vs. 8,71 ± 1,47; p < 0,01), e maior prevalência de disfunção diastólica (36% vs. nenhum), e maior massa ventricular esquerda na avaliação tridimensional (84,3 ± 18g vs. 56,7 ± 15g; p < 0,01) quando comparados aos controles. Os valores absolutos de strain longitudinal, circunferencial, de area tracking e twist foram semelhantes nos grupos de cirróticos e controles (17,3%, 24,2%, 38,8%, 5,05° vs. 17,6%, 24,2%, 38 6%; 4,45° respectivamente; p > 0,05). Pacientes cirróticos com escore MELD < 15 e ausência de FRC apresentaram maiores valores de strain circunferencial e de area tracking em relação aos pacientes com escore MELD > 15 (26,68% e 40,92% vs. 22,84% e 37,12%; p < 0,05). Esses parâmetros permaneceram associados negativamente ao escore MELD quando avaliados em uma análise de regressão multivariada. Conclusões: Em uma coorte de pacientes cirróticos não alcoólicos, os parâmetros de ST3D foram semelhantes aos de um grupo controle. Em um subgrupo de cirróticos sem FRC e MELD < 15, os valores de strain circunferencial e de area tracking foram maiores e indicam melhor desempenho miocárdico nesses pacientes