Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Fernanda Alves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-06032015-152602/
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Resumo: |
O mutum-do-sudeste é endêmico da Mata Atlântica de baixada e foi extinto de quase toda sua distribuição original devido ao desmatamento e a caça. Hoje é listado como ameaçado e a falta de conhecimento sobre sua ecologia dificulta o manejo da espécie. Este trabalho teve como objetivo estimar a densidade populacional do mutum-do-sudeste na Reserva Natural Vale (RNV) através do método de transecção linear. Os registros feitos durante as amostragens também foram utilizados para verificar a existência de seleção de habitat por meio da comparação de áreas onde a espécie foi registrada com áreas aleatórias onde nunca obtivemos registros. A estimativa populacional obtida mostrou a existência de uma razão sexual desviada em relação aos machos que parecia estar relacionada a diferenças de comportamento entre os sexos, devido aos poucos registros de fêmeas. Para confirmar nossos resultados, utilizamos dados de armadilhas fotográficas que foram utilizadas para estudar onças na reserva. Estes dados confirmaram um número maior de machos na população, porém menos acentuado do que o encontrado nos transectos, comprovando que o comportamento discreto das fêmeas afetou nossa amostragem. Combinando os dados dos dois métodos obtivemos a estimativa de 1.6 indivíduos/Km2. As análises de seleção de habitat confirmaram a relação positiva do mutum-do-sudeste com matas altas e sub-bosque denso, e mostraram que o mutum-do-sudeste tem menor probabilidade de ocorrência em áreas com abundância de árvores mortas em pé, troncos em decomposição e serapilheira profunda. Tal influencia negativa provavelmente se deve a aspectos relacionados à sua dieta e a baixa tolerância a habitats que sofreram distúrbio. As informações contidas neste trabalho servirão de base para guiar o manejo de populações selvagens e futuros projetos de reintrodução. Além disso, estudos futuros devem considerar as diferenças de comportamento entre os sexos para que os dados sejam analisados de forma correta, evitando assim, erros que podem afetar diretamente o manejo da espécie. |