Proposta de avaliação formativa aplicando aprendizagem baseada em problemas (ABP) no ensino médio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Fabiana Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97138/tde-21112017-135922/
Resumo: Avaliação de aprendizagem é um tema muito controverso. É um dos maiores problemas no desenvolvimento do processo pedagógico nos diferentes níveis e modalidades de ensino. A avaliação é classificada em diferentes tipos como diagnóstica, formativa e somativa (classificatória). O objetivo da avaliação diagnóstica é descobrir as causas dos problemas de aprendizagem e planejar ações corretivas. A avaliação formativa é usada para monitorar o progresso de aprendizagem do aluno durante a instrução com a finalidade de fornecer feedback contínuo aos alunos e professores sobre o sucesso e ou fracasso no processo de ensino/aprendizagem. A avaliação somativa é dada no final do curso ou unidade de instruções para descobrir qual aluno, até que ponto tem dominado os resultados de aprendizagem pretendidos. Avaliação é uma questão importante discutida também na aplicação de metodologias de ensino como a aprendizagem baseada em problemas (ABP). A ABP é uma metodologia de aprendizagem no qual os alunos encontram-se primeiro com um problema, seguido de um processo de investigação e reflexão sistemático centrado no aluno. Além disso, o ambiente cultural, em conjunto com a metodologia de ensino escolhida, pode influenciar a forma como os alunos aprendem. Desta forma, Hofstede (1980) apresentou um método de identificação de dimensões culturais: índice de distância hierárquica (PDI), individualismo versus coletivismo (IDV), masculinidade versus feminilidade (MAS), índice de aversão à incerteza (UAI) e orientação de longo prazo versus orientação normativa de curto prazo (LTO). Neste contexto, este trabalho teve como objetivo verificar se a ABP poderia promover a integração da avaliação formativa como elemento de redirecionamento e motivação para o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes de biologia no ensino médio. Os perfis culturais de Hofstede dos alunos foram levados em consideração durante a aplicação desta metodologia. Esta metodologia foi aplicada para duas salas de aula diferentes durante três bimestres. Os alunos foram avaliados considerando suas atitudes durante a aplicação da ABP e testes escolares. A metodologia ABP integrada na avaliação formativa foi favorecida pela elaboração do formulário de acompanhamento do professor. Além disso, outro formulário auxiliar favoreceu uma rápida anotação do professor sobre o desempenho acadêmico do aluno em ABP. Cada aluno preencheu o seu formulário de autoavaliação, o que contribuiu positivamente para mudar a postura do estudante aumentando o seu interesse durante as aulas. Durante o período de aplicação da metodologia, observaram-se melhoras nas médias dos testes escolares dos alunos a um nível de 95% de confiança. A proposta de integrar a avaliação formativa com a aprendizagem baseada em problemas (ABP) no ensino médio melhorou o desempenho dos alunos também em aspectos comportamentais. Os formulários utilizados neste trabalho foram disponibilizados para serem incluídos no plano pedagógico de uma escola pública do estado de São Paulo para favorecer a avaliação formativa dos alunos.