Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Santos, Jorge Mariano dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-18102010-104849/
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho consiste na análise do processo de gramaticalização do verbo viver, que parte de sua função original como verbo pleno e assume novas funções, ao ponto de se recategorizar como verbo quase-auxiliar, exprimindo aspecto continuativo. Segundo Heine (1993), verbos plenos produtivos nas línguas podem ser submetidos a processos de auxiliarização em níveis e forças distintos, e esses níveis e forças podem ser representados pelos padrões funcionais do verbo viver. Demonstraremos que esses deslizamentos unidirecionais movidos por abstratização são guiados por processos cognitivos correlacionados à mudança no estatuto categorial do item em processo de gramaticalização. Para fazê-lo, utilizaremos a escala de categorias cognitivas propostas por Heine, Claudi e Hünnemeyer (1991, p. 55): pessoa > objeto > processo > espaço > tempo > qualidade, em sua proposta de versão sugerida no bojo do Grupo de Pesquisa em Mudança Gramatical (Lima-Hernandes, 2009) para: pessoa > objeto > instrumento > espaço > tempo > processo > qualidade. Para realizar essa tarefa, faremos uso de um corpus composto pelos seguintes materiais: i. Dossiês do DEOPS/SP (1924 -1945), nos quais se encontram informações e documentos fundamentais para uma compreensão mais abrangente da vida política, social e cultural de São Paulo na primeira metade do século XX; ii. Debates exibidos na MTV (Music Television edição brasileira), recolhidos em um programa semanal que discute os assuntos mais polêmicos do momento com convidados especialistas, profissionais, estudantes e pessoas comuns. iii. Entrevistas variadas concedidas ao jornal Folha de S. Paulo e à revista VEJA. Com base no corpus escrito, iniciamos um exercício de busca das motivações que fazem o verbo viver ser empregado em funções mais abstratizadas. Essa busca permitirá hipotetizar a rota de mudança e norteará a hipotetização do gatilho que fez com que o falante da língua portuguesa no Brasil reanalisasse expressões linguísticas com o verbo viver pleno em estruturas de auxialirização. |