O impacto da reabilitação cognitiva nas funções executivas e adequação social nos pacientes com epilepsia mioclônica juvenil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Paiva, Maria Luisa Maia Nobre de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-13012022-090150/
Resumo: Introdução: A Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ) é uma síndrome epiléptica generalizada idiopática, com prevalência elevada de déficits neuropsicológicos, principalmente no que se refere às funções executivas. O objetivo do presente estudo é avaliar o impacto da reabilitação cognitiva no funcionamento executivo e social dos pacientes com EMJ. Método: Vinte e sete pacientes com EMJ [idade média: 28,81 anos (DP 10,21); 63% sexo feminino; QI médio 109,14 (DP16,76)] realizaram a reabilitação cognitiva, que abordou, em de 12 sessões individuais, o treino da atenção e das funções executivas. Os pacientes realizaram uma avaliação neuropsicológica no período basal (T0) e após a intervenção (T1). Estatísticas inferenciais de Generalized Estimating Equations (GEE) foram realizadas e o nível de significância estabelecido foi de 0,05. Resultados: Em relação às funções executivas frias, houve melhora no desempenho dos componentes: atenção seletiva (TMT A [p < 0,01] e SCT 2 [p = 0,03]), do controle inibitório (SCT 3 [p = 0,02], FAS [p < 0,01] e CPT comissões [p < 0,01]), da flexibilidade mental (WCST categorias [p < 0,01]) e de todos os componentes das escalas de autorrelato (BRIEF-A). Não houve alteração nos resultados objetivos das funções executivas quentes, mas em alguns componentes dos questionários de autorrelato. Não houve mudanças nos escores do funcionamento social. Conclusão: Este estudo demonstrou que a reabilitação cognitiva esteve associada à melhora do funcionamento executivo e atencional dos pacientes com EMJ. Embora os pacientes com EMJ relataram melhora do comportamento impulsivo, este desfecho não pode ser aferido pelos instrumentos de avaliação utilizados. Não houve melhora significativa nos aspectos avaliados pelos questionários aplicados para qualidade de vida e funcionamento social a curto prazo