Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Stobäus, Laura Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-08012014-090211/
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Resumo: |
Estudos em diferentes ambientes socioculturais têm mostrado uma incidência de depressão em 10 a 20% das mulheres. Dentre as decorrências relevantes do quadro, tem havido um interesse especial nos potenciais comprometimentos da interação mãebebê no desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, que repercutem no desenvolvimento do seu comportamento prossocial. O objetivo do presente estudo foi avaliar, através de tarefas de ajuda instrumental, se a depressão materna afeta o desenvolvimento do comportamento prossocial de crianças de três anos de idade. Participantes: 24 díades mães-criança: 12 mães nunca deprimidas, seis mães sempre deprimidas e seis mães com depressão atual quando as crianças estavam com a idade de 36 meses (M=37±2,8 meses). As mães estavam com a idade média de 25 anos (M=25,87±5,23) e foram avaliadas pela escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo, no momento da aplicação dos testes e no puerpério. Foi filmado o desempenho das crianças em tarefas de: 1) ajudar a mãe, pessoa familiar, a recolher os brinquedos, depois de uma sessão de brincadeira e 2) ajudar experimentador, desconhecido, a pegar objeto que ele deixa cair ao solo. Os resultados não apresentaram diferenças significativas estatísticas quanto aos tipos de comandos maternos, contudo mostraram uma sensível diminuição das explicações e variações de comportamentos nas mães \"sempre deprimidas\" e com \"depressão atual\". As crianças de mães \"sempre deprimidas\" ignoraram mais suas mães, enquanto as crianças de mães com \"depressão atual\" e \"nunca deprimidas\" forneceram mais recusas simples, uma forma mais madura de negação. As crianças de mães com \"depressão atual\" ajudaram o experimentador em 100% dos casos com diferença estatística significativa com os outros dois grupos, utilizando o teste Qui-quadrado. Concluímos que a depressão materna influenciou algumas das respostas das crianças, especificamente quanto à pessoa desconhecida. Evidentemente, a mãe, além de conhecida, ocupa lugar central na constelação afetiva da criança e isto deve ser levado em conta na discussão. Ainda assim a familiaridade parece relevante neste contraste de efeitos da depressão materna: a maior colaboração com a pessoa estranha pelas crianças de mães com depressão atual pode representar necessidade de ser aceito ou culpa. Os resultados são compatíveis com a suposição de que a condição de depressão afeta de modo complexo os processos subjacentes à interação social com pessoas não conhecidas e com a mãe |