Exportação concluída — 

Cátia de França: chuva feminina no sertão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Bernardo, Luana Ferreira de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-22012025-122904/
Resumo: Esta pesquisa propõe apresentar o início da trajetória da multiartista paraibana, Cátia de França, na década de 1960 até o lançamento do seu primeiro disco, Vinte Palavras Ao Redor Do Sol, lançado em 1979, apontando para a sua produção como multiartista, atuando como cantora, compositora, multi-instrumentista, arranjadora musical, diretora musical e escritora e como a artista se impôs num mercado fonográfico estruturado a partir de uma lógica patriarcal. Serão analisadas algumas canções do disco no qual a artista assina todas as composições com letras inspiradas nos escritores do movimento modernista, José Lins do Rego, João Cabral de Melo Neto, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa, autores que apontam para o \"panorama do atraso e subdesenvolvimento\" (CANDIDO, 2011) ao tratarem em suas obras de temas como a seca, a fome, o trabalho semiescravo e exploratório, o cangaço, os trabalhadores dos engenhos de cana de açúcar, entre outras problemáticas sociais vividas pelos sertanejos e pelos trabalhadores da bagaceira. As músicas são arranjadas a partir de ritmos e gêneros musicais variados como a capoeira, o coco de embolada, o baião, o rock, a salsa, o aboio de vaqueiros, além de elementos como o scat singing e sintetizadores. Busca-se verificar como a soma das referências literárias, das letras, dos ritmos e gêneros musicais e do hibridismo entre eles, das escolhas de arranjos e da performance escrevivente (EVARISTO, 1995) capturada no canto de Cátia, são convertidas em canções que potencializam a mensagem de valentia e resistência que a artista, através desse álbum tão singular, relançado em 2019, deseja comunicar.