Teoria quântica dos campos: filosofia e história na perspectiva de Thomas S. Kuhn

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Anderson Alves da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-29072024-151014/
Resumo: A Teoria Quântica dos Campos passou por dois momentos fundamentais em sua construção, respectivamente, no começo da década de 1930 e no final da década de 1940. No primeiro destes, destaca-se a contribuição feita pelos trabalhos do físico Paul Dirac, com os quais se estabelece a primeira versão bem sucedida da teoria, centrada, especialmente, nas que hoje são chamadas equações de Dirac. No segundo momento, por sua vez, após uma série de tentativas de se obter solução a algumas inconsistências, inicialmente, conceituais e, posteriormente, com respeito aos cálculos, surge, finalmente, uma elaboração matemática bastante complexa, conhecida hoje como teoria de renormalização, que encontrou relativo sucesso em eliminar essas dificuldades. Dentre os muitos cientistas que contribuíram com este novo formalismo matemático, teve papel essencial o físico teórico Richard Feynman, ao sugerir, de modo inédito, uma reinterpretação completa da teoria do pósitron, anteriormente construída por Dirac. No presente trabalho, defendemos a tese de que o processo histórico em questão corresponde a uma revolução científica nos termos apresentados pelo filósofo da ciência Thomas Kuhn. Com isso, para além de ressaltar a evidente importância desta passagem tanto para a física quanto para a história da ciência, nossa tese busca desenvolver, detalhadamente, as proposições encontradas, sobretudo, na obra A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn, às quais a história tem lugar essencial. Desse modo, e não por outra razão, refizemos o percurso teórico que levou até os trabalhos de Feynman, através de uma análise direta do debate que se efetivou especialmente através dos artigos científicos publicados à época. Com base nesse exame, nossa tese foi apresentada, tendo em vista, dessa vez, uma série de conceitos fundamentais desenvolvidos no ensaio de Thomas Kuhn, alguns dos quais já bastante explorados, como os de paradigma e de gestalt, mas ainda outros, não tanto discutidos, como o de experimento anômalo