Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Gambera, José Leonardo Homem de Mello |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-27022014-111341/
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Resumo: |
Em busca de uma abordagem interdisciplinar para o ensino de Geografia, articulada à Fotografia e Língua Portuguesa, este trabalho considera a importância de pesquisas teóricopráticas no ambiente escolar, é fruto da aplicação de uma sondagem diagnóstica com professores da Educação Básica sobre sua concepção e prática quanto ao uso dos recursos audiovisuais, em um primeiro momento; e da aplicação de uma sequência didática por gênero discursivo textual em duas classes de Ensino Fundamental II, na segunda fase do campo empírico. Como pressupostos principais, consideramos a Geografia como ciência que apresenta às crianças e adolescentes conceitos científicos que as permitem entender o espaço geográfico em que vivem e as múltiplas relações que se dão nele; a Fotografia como técnica e linguagem imagética precursora de amplos avanços nos meios de comunicação de massa, inventariante visual da história do mundo e da história de nosso olhar sobre o mundo, além de ter contribuído desde seu surgimento para as metamorfoses da percepção que ainda vivemos; e, a Língua Portuguesa, assim como as demais linguagens verbais orais escritas, bases da estruturação do pensamento e do desenvolvimento de conceitos espontâneos e científicos, intrínsecos à formação da autonomia intelectual e discursiva humana. Detectou-se neste estudo a dificuldade dos professores em conceber e utilizar os recursos audiovisuais, e dentre eles a Fotografia, como uma linguagem imagética que tem uma gênese histórica, oriunda de múltiplos avanços da ciência, passível de ser instrumento para enunciados de sujeitos discursivos e de significação e argumentação a partir de sua relação com a linguagem verbal escrita, portadora e geradora de conceitos. Inclusive os professores estão em descompasso com a realidade de ampla disseminação de tecnologias e linguagens imagéticas, uma vez que elas já fazem parte de seu meio sociocultural e do cotidiano das crianças e adolescentes da gerações atuais, porém os professores têm uma lacuna na formação e não estão capacitados para utilizá-las de forma complexa e associada aos conceitos científicos das disciplinas escolares para propiciar melhor desenvolvimento das funções intelectuais de seus alunos. Com as atividades de leitura de Fotografias dos contextos geográficos Caatinga e Amazônia associada à expressão pela linguagem verbal escrita, obtivemos o resultado de que os alunos das duas classes de 6ª série trabalhadas, têm acesso massificado e banalizado à Fotografia, e conceitos espontâneos sobre a mesma, o que não garante sua conceitualização profunda, percepção clara e precisa de dados visuais ou a inferência e correlação de dados geográficos a partir de fotografias. A fluência na linguagem verbal escrita e a capacidade de linguagem de argumentação se mostrou determinante para o entendimento do conteúdo da linguagem imagética, uma vez que sem a palavra e o conceito formados na mente, a criança tende a se perder na polissemia da imagem fotográfica e não articula hierarquizações, generalizações e sistematizações típicas do pensamento científico e fica limitada aos conceitos espontâneos e à imprecisão sensorial da visão. Nas considerações finais esboçamos uma proposta de Mapa Técnico-Analítico e Mapa Conceitual de fotografias para próximas pesquisas aplicadas ao ensino-aprendizagem de Geografia e outras disciplinas escolares. |