Práticas de promoção da saúde no atendimento fisioterapêutico em uma instituição hospitalar de referência em cardiologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pinheiro, Denise Gonçalves Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-12112009-161037/
Resumo: As doenças cardiovasculares representam um elevado índice de morbimortalidade no Brasil e no mundo. Desta forma, as ações de promoção da saúde são essenciais para controle e prevenção de doenças crônicas. O potencial do fisioterapeuta como promotor de saúde é grande, porém pouco explorado. O objetivo desta pesquisa foi identificar as ações relacionadas à promoção da saúde realizadas pelo serviço de Fisioterapia em uma instituição de referência em Cardiologia e verificar as percepções de profissionais e pacientes neste contexto. Utilizou-se a pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Foi realizada a triangulação metodológica, e como coleta de dados, realizou-se observação e entrevistas semi-estruturadas com 8 fisioterapeutas e 7 pacientes da instituição. Após a análise temática, emergiram dois grandes temas das entrevistas: A visão dos profissionais frente à promoção da saúde e As ações de promoção de saúde e o autocuidado dos pacientes: convivendo com uma doença crônica. Foram identificadas sete atividades de promoção de saúde oferecidas aos pacientes da instituição nas quais o papel do fisioterapeuta está bem definido. As atividades tinham cunho preventivista e estavam focadas estritamente na doença. Muitos profissionais tinham dificuldade em definir a promoção da saúde, confundindo com a prevenção, pensando a saúde como ausência de doença. Segundo a percepção dos profissionais, existia um maior autocuidado por parte dos pacientes, os pacientes eram interessados e procuravam saber a respeito de sua doença, através de meios de comunicação e com perguntas no dia a dia do tratamento. Em relação às dificuldades que os pacientes relatavam a respeito de mudanças em seu estilo de vida ou de adesão ao tratamento, a falta de tempo aparecia como um empecilho à prática de atividade física. Foi observado nas falas de alguns profissionais as alterações físicas dos pacientes decorrentes da patologia cardíaca como fatores limitantes às dificuldades de ida ao hospital. Observamos que após a participação das atividades de promoção de saúde no hospital, os pacientes relataram sim, uma melhora em seu conhecimento de como viver com as novas adaptações que deviam ser incorporadas em seu dia a dia. Destaca-se a participação do fisioterapeuta além de suas atividades reabilitadoras, tornando seu atendimento mais completo, porém os profissionais precisam ampliar seu conceito de saúde, pois pacientes cardíacos precisam de um acompanhamento maior devido à suas múltiplas necessidades.