Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Carmo, Arthur Lauriano do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-06012023-175610/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como pano de fundo as situações ou acontecimentos que podem ser identificados como inaugurais para o surgimento da figura do curador como autor no Brasil e os seus desdobramentos nas práticas artísticas. Mesmo havendo importantes figuras no comando de museus e equipamentos relacionados que também irão organizar exposições como Aracy Amaral, Mário Pedrosa e Walter Zanini foram as proposições precursoras de Frederico Morais as responsáveis pela gênese da curadoria independente no cenário brasileiro, lançando diante das exposições periódicas como Salões e Bienais o contraponto crítico de exposições temporárias, ampliando assim os espaços para o exercício da crítica através da expansão da linguagem escrita da crítica para a ambientação da discursividade curatorial. Tendo como base o arco terminológico que o legado da crítica que também é criação estabeleceu no século XX, proponho diante do cenário atual da arte contemporânea no Brasil e no mundo a criação de um protótipo de glossário capaz de reencontrar a discursividade crítica no momento mesmo de seu acontecimento. Este Quase-glossário lança mão de um percurso-processo poético por meio de operações de montagem e fratura advindas do seu próprio vocabulário, destacando termos-chave como: táticas contra-institucionais; crítico-criador; contemporaneidade; baratas enredadas; bosques mega-dimensionados dentre outros. Quase-glossário é um terreno de eventos e, por isso mesmo, de incertezas. Um dos recursos utilizados em nosso Quase-glossário é o de tropos linguístico, procurando uma multiplicidade de elos entre a figuratividade e o literal da linguagem. O gesto do Quase-glossário está calcado na falha, no fracasso e nos ruídos, uma operação cingida na intencionalidade de interversar as lógicas de narrativas-lineares do sistema universal-acadêmico. Não são os gestos ou ações mentais que são colocados como produtores, mas sua correlação, tropeços nos espaços, precariedades de recursos, manejamento dos excessos, atravessamentos, disputas, confluências. Desvios e tropeços na própria língua, balbuciar ruídos. Uma prática poético-interdisciplinar. Quase na filosofia: Vladimir Jankélévitch. Quase na antropologia: Eduardo Viveiros de Castro. Quase nas práticas artísticas: Robert Smithson e Hélio Oiticica. Quase na música: Luiz Tatit. Neste Quase-glossário são os verbetes os meros pretextos para se criar cruzamentos e aberturas de narrativas sobre o nosso referido pano de fundo. |