Desenvolvimento de uma técnica molecular para detecção e quantificação do vírus da hepatite G (GBV-C/HGV)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Silva, Synara Alexandre Araujo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-22062010-123341/
Resumo: Introdução: O vírus da hepatite G (GBV-C/HGV) é um flavivírus de genoma RNA de fita simples polaridade positiva, replicando em linfócitos, não sendo até hoje associado a qualquer patogenia humana. Estudos recentes demonstram que pessoas co-infectadas pelos vírus GBV-C/HGV e HIV têm menor progressão para AIDS e morte, embora alguns estudos tenham falhado em demonstrar tais efeitos. Objetivo: Determinar a soroprevalência e viremia (qualitativa) por GBV-C/HGV nas amostras de pacientes HIV+ e desenvolver uma metodologia de PCR em tempo real para fazer a determinação das cargas virais de GBV-C/HGV. Métodos: Avaliamos a presença de anticorpo e RNA do vírus GBV-C/HGV em 253 amostras de plasma de mulheres HIV positivas, coletadas entre 1997-99. Realizamos o ensaio imunoenzimático anti-E2 (EIA anti-HGenv kit, Roche(TM)), a reação em cadeia da polimerase (PCR), o NESTED PCR e, padronizamos um PCR em tempo real (RT-PCR), ensaio baseado no sistema Taqman, também aplicado nas mesmas amostras. A curva-padrão do ensaio foi feita com diluições seriadas de uma bolsa de plasma GBV-C/HGV+, e os resultados expressos em unidades aleatórias/mL. Resultados: Das 253 amostras testadas, 64 foram positivas para o anticorpo anti-E2 (25,3%), 36 RNA positivas no PCR convencional (14,2%) e, no NESTED PCR e PCR em tempo real 57 amostras foram concordantemente RNA positivas (22,5%), perfazendo um índice total de exposição de 48% (25.3 + 22.5). A carga viral teve uma média de 1.396 UA/mL (13.625 - 1.1UA/mL. As cargas virais encontradas não tiveram correlação direta com parâmetros laboratoriais da infecção pelo HIV como a carga viral e a contagem de células CD4. Conclusões: Foi obtida uma metodologia simples, rápida e de boa sensibilidade e especificidade, permitindo a quantificação do RNA do vírus GBV-C com reprodutibilidade. A metodologia permite análise simultânea de um grande número de amostras, sendo apropriada para estudos clínicos. A prevalência de exposição á este agente na população feminina HIV+ estudada é alta, provavelmente decorrente da via sexual comum de transmissão dos agentes.