Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Anzola Lujan, Marianella |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/89/89131/tde-08032013-162155/
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Resumo: |
Introdução: A osteoporose (OP) é doença caracterizada pela fragilidade do osso e, consequentemente, pelo incremento do risco de fraturas. É considerada problema de saúde pública na maioria dos países. Evidências epidemiológicas apontam associação entre variáveis sociodemográficas, variáveis de estilo de vida (como a ingestão de alimentos e de bebidas alcoólicas e hábito de fumar), e indicadores antropométricos (como índice de massa corporal -IMC-) e risco de OP e fraturas osteoporóticas. Objetivo: Estimar a incidência de OP e a prevalência de fraturas referidas, em idosos domiciliados no Município de São Paulo e verificar associação com variáveis sociodemográficas, de estilo de vida, e IMC. Método: analisaram-se dados do Estudo SABE (Saúde, Bem-estar e Envelhecimento) 2000 - 2006, o qual é estudo epidemiológico, longitudinal, de base domiciliar, cuja amostra inicial foi composta por 2143 idosos (≥60 anos), de ambos os sexos, residentes habituais de domicílios urbanos no Município de São Paulo, e selecionados por amostragem probabilística, sendo que 829 idosos (39%) constituíram a amostra de estudo, em 2000, para análise da incidência de OP referida, em 2006, e 1072 idosos (50%) foi a amostra de estudo para análise de prevalência de fraturas após 60 anos referidas, em 2006. Investigou-se a associação entre variáveis sociodemográficas (sexo, grupo etário, vida no campo por 5 anos ou mais durante a infância ou adolescência, escolaridade e etnia), de estilo de vida (ingestão referida de leite e produtos lácteos, ovos e leguminosas, carnes, peixes e aves, frutas e verduras, frequência de ingestão de bebidas alcoólicas, e hábito de fumar); e variável antropométrica (IMC), com relação à referência de OP e fraturas após 60 anos, em 2006. Para verificar associação entre as variáveis categóricas e o desfecho, utilizou-se o teste de Rao & Scott (p<0,05) e a análise de regressão logística univariada (IC95%).O programa Stata, versão 10.1 foi usado para realizar os cálculos estatísticos. Resultados: Houve 114 casos novos de OP referida em 2006, sendo que o coeficiente de incidência (CI) de OP referida foi estimado em 13,93/1000 pessoas-ano (IC95%=11,60 16,87). O CI de OP referida em mulheres foi 22,95/1000 pessoas-ano (IC95%: 19,08 27,87), e 3,34/1000 pessoas-ano (IC95%: 1,85 6,73), em homens.A prevalência de fraturas após os 60 anos referidas foi 17,16%. Sexo feminino (OR= 7,69; p=0,000) e ingestão referida de bebidas alcoólicas < 4 vezes/semana (OR= 2,26; p=0,019), foram fatores de risco para referência de OP. Sexo feminino (OR=2,38;p=0,000), idade avançada (≥75 anos)(OR=1,72; p=0,012), ingestão referida de bebidas alcoólicas < 4 vezes/semana (OR=2,45; p=0,016), referência de OP em 2000 (OR=1,75; p=0,048), e referência de OP em 2006 (OR=2,29; p=0,000), foram fatores de risco para referência de fraturas após 60 anos. Conclusões: sexo feminino, idade avançada foram fatores de risco para OP e fraturas após os 60 anos. Dentre as variáveis modificáveis, a ingestão de bebida alcoólica com frequência ≥ 4 vezes/semana, esteve negativamente associado à referência de OP e fraturas após 60 anos. |