Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Dada, Sheila Genesine |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3141/tde-13122023-110720/
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Resumo: |
No mundo, aproximadamente 800.000 pessoas se suicidam a cada ano e, somente nos últimos 45 anos, a taxa de suicídio cresceu cerca de 60%. No Brasil, a taxa de suicídio é mais baixa que a mundial, mas o país apresenta um aumento da taxa entre os adultos homens (25-44 anos). Para desenvolver planos de prevenção ao suicídio, com priorização dos recursos nos grupos mais vulneráveis, é importante identificar quais fatores podem influenciar no aumento das taxas de suicídio e quais subpopulações têm um risco maior de crescimento desta taxa. Por isso, é proposta uma metodologia de análise baseada em ciência de dados que possibilite investigações de padrões espaço-temporais e demográficos na taxa de suicídio das cidades do Brasil, para o pesquisador e/ou gestor público do município poder entender melhor sobre o grupo mais atingido da região de interesse. Para viabilizar o estudo, bases de dados do Censo e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), de 1996 a 2019, foram analisadas. Para o estudo espaço-temporal foi realizado o agrupamento espaço-temporal pelo método de Kulldorff e a análise das tendências temporais pela regressão de Joinpoint. A correlação entre o suicídio e taxa de urbanização dos municípios foi feita pelo teste quiquadrado. Como resultados, observou-se que em todas as regiões do Brasil há ao menos um agrupamento de alto risco de suicídio, com destaque para a região sul que é um agrupamento que contempla quase toda a região. Os agrupamentos de baixo risco estão nas regiões litorâneas, próximos às grandes capitais e à região metropolitana de São Paulo. Historicamente, os municípios de Três Lagoas (Mato Grosso do Sul), Santana de Parnaíba e Avaré, ambos em São Paulo, apresentam maiores tendências de crescimento da taxa. Em contrapartida, as cidades de São Paulo (Capital), Itapecerica da Serra (São Paulo) e Caarapó (Mato Grosso do Sul), apresentam as maiores tendências de diminuição da taxa. Não há indícios de correlação forte da taxa de urbanização de um município com a taxa de suicídio. Espera-se, como sequência deste trabalho investigativo, a realização de estudos empíricos in loco e a formulação de políticas públicas direcionadas para cada cidade de acordo com a sua necessidade. Ademais, almeja-se simplificar o acesso a dados e facilitar a compreensão sobre suicídio para as Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde por meio de um painel Tableau de livre acesso atualizado anualmente. |