Acesso retrossigmoideo versus petroso posterior: análise comparativa anatomocirúrgica de duas abordagens assistidas por endoscopia à região petroclival

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Coêlho Junior, Vicente de Paulo Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-29102019-114619/
Resumo: A região petroclival abriga peculiaridades anatômicas que acrescem maior complexidade à sua abordagem cirúrgica, representando importante desafio na cirurgia de base do crânio. A conjugação do endoscópio à microscopia clássica vem se consolidando modernamente, podendo auxiliar sobremaneira neste contexto. Entretanto, havendo diferentes acessos propostos para esta área anatômica, dos quais se destacam o retrossigmoideo e o petroso posterior, a literatura carece de evidências mais robustas para dirimir critérios que orientem a escolha de determinada abordagem, tornando-se importante investigar em qual rota à áreaalvo este dispositivo permite o melhor resultado. Utilizando um modelo cadavérico, nós objetivamos comparar os acessos petroso posterior e o retrossigmoideo, ambos assistidos por endoscopia, quanto à exposição cirúrgica e à manobrabilidade, bem como verificar se o ângulo petroclival e a profundidade clival podem interferir nestas variáveis. Em cinco cabeças de cadáver, um acesso retrossigmoideo foi realizado de um lado e um petroso posterior retrolabiríntico do outro (10 abordagens). Sob visão endoscópica, coordenadas eram adquiridas por neuronavegação para o cálculo das áreas de exposição cirúrgica (petroclival e pontobulbar) e da manobrabilidade, permitindo-se as comparações. Correlações destas variáveis com o ângulo petroclival e a profundidade clival também foram estudadas. Neste modelo, os acessos mostraram equivalência quanto à exposição cirúrgica, mas o retrossigmoideo permitiu significante maior manobrabilidade. O ângulo petroclival e a profundidade clival se correlacionam com a manobrabilidade, mas não com a exposição cirúrgica em ambos os acessos assistidos por endoscopia. As técnicas assistidas por endoscopia permitem adequada exposição petroclival nestes acessos, o que pode dispensar a necessidade de passos cirúrgicos adicionais de maior morbidade. Usando a neuroendoscopia, o acesso retrossigmoideo pode mostrar alguma vantagem sobre o petroso posterior ao lidar com lesões petroclivais cuja consequente distorção anatômica é mínima